Situação de museus de arte no país é deplorável

fonte: Folha de S. Paulo, por Marcos Augusto Gonçalves em 14/01/2009

Para crítico e curador, políticas do Estado brasileiro "refletem estatuto da arte na consciência da elite, que é inexistente"

Crítico, Curador e professor de história da arte, Paulo Sergio Duarte cita o abandono do Museu de Brasília como exemplo da indigência das políticas públicas em relação ao setor e diz que o Instituto Brasileiro de Museus é só "um escritório com diretoria e alguns assessores". Ele vê os museus como "instrumentos indispensáveis para qualquer sistema educacional que se preze" e advoga interação entre essas instituições e universidades.

Pesquisador do Centro de Estudos Sociais Aplicados da Universidade Candido Mendes, no Rio, Duarte, foi curador da 5ª Bienal do Mercosul (2005) e do Projeto Rumos Artes Visuais do Itaú Cultural, no ano passado. Ele cobra do governo Lula a definição de prioridades e defende que os museus federais sejam centros de excelência e formação técnica. Quanto às mudanças na Lei Rouanet, propõe tratamento especial para investimentos em aquisição de acervos e infraestrutura de museus -hoje preteridos em favor do patrocínio de exposições temporárias.

FOLHA - Qual é a situação da rede de museus do país?

PAULO SÉRGIO DUARTE - É preciso lembrar logo que só vamos falar de museu de arte, a cultura em tão elevado estado de condensação que nós não chamamos de cultura, mas de arte. No caso desses museus, a situação é deplorável. Existem ilhas razoáveis que estão longe de dar um bom panorama histórico da arte no país.

FOLHA - Qual é a responsabilidade do governo nessa situação?

DUARTE - Não é um problema só de governo, este ou passados. A política cultural do Estado reflete o estatuto da arte na consciência da elite brasileira. E esse lugar simplesmente não existe, com raríssimas exceções. Repetindo o que digo há 30 anos: percorrendo, em qualquer uma das duas maiores cidades do país, todos os seus museus, é impossível para um professor dar um curso digno da história da arte do século 20.

Tenho insistido sobre o fato de que neste ano Brasília completa 50 anos. Onde está seu museu de arte? No antigo Clube das Forças Armadas, depois cedido para o Casarão do Samba, e posteriormente transformado no museu de arte. Está lá num prédio interditado, cercado por hotéis de arquitetura pífia. Até aqui, este é o lugar do museu na capital da nação. Eu defendo que se faça um concurso internacional para este museu, como foi feito no Rio para o Museu da Imagem e do Som.

FOLHA - Isso é simbólico quanto à importância que o poder público confere à arte?

DUARTE - Isto não acontece por mero acaso no país no qual sobra dinheiro para malas em automóveis e aviões de pastores evangélicos, fraldas de dólares debaixo das calças de cabos eleitorais e até nas meias de deputados. Qual pode ser o estatuto da arte nesse lugar? Como acreditar que a arte é um conhecimento específico, muito importante para compensar os efeitos da indústria cultural, e formar um olhar crítico no cidadão se, na capital do país, é tratada de modo tão lamentável?

FOLHA - Como você vê a atuação do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), criado pelo governo?

DUARTE - Por enquanto, é um escritório com uma diretoria e alguns assessores.

FOLHA - Como ele deveria se estruturar?

DUARTE - Os museus são, antes de tudo, equipamentos necessários à formação de cidadania e um instrumento indispensável de qualquer sistema educacional que se preze. Com as tarefas enormes e com o alarme de emergências tocando todo dia, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o Iphan, não pode dar a devida prioridade aos museus.

Parodiando Carl von Clausewitz, na sua frase que já se tornou clichê: os museus são importantes demais para ficar nas mãos de museólogos. Os acordos e convênios com universidades e institutos de ensino e pesquisa nas diversas regiões do país poupariam da inchação o quadro de pessoal do Ibram.

Acredito que, para o primeiro mandato do presidente Lula, estava correta a política do Ministério da Cultura de prospecção do campo realizada pelas consultas a câmaras setoriais, reuniões e estímulos à participação. Mas já é tempo de ter focos precisos, prioridades de efeitos multiplicadores. Acima de tudo, as instituições federais têm de ser centros de excelência e de formação técnica.

FOLHA - Que prioridades?

DUARTE - Por exemplo, os projetos educativos dos museus devem priorizar a formação de professores e secundariamente se voltar para o cidadão comum. As visitas de turmas de alunos de escolas e colégios devem estar sempre programadas como trabalhos práticos de professores preparados pelos próprios museus em programas de convênios com as secretarias de educação. Os programas educativos para professores devem estar voltados para os docentes de todas as áreas, e não apenas para aqueles de arte e educação artística. Só desse modo fará sentido a divulgação dos números de visitação de alunos; por enquanto servem para a satisfação demagógica e a prestação de contas a departamentos de marketing de patrocinadores.

FOLHA - Em relação a museus, o que deveria mudar na Lei Rouanet?

DUARTE - Eu considero que deveria haver mais estímulo fiscal aos investimentos em infraestrutura dos museus e aquisição de acervos do que para exposições temporárias. Não se trata de acabar com o estímulo às exposições e sua documentação em catálogos. Mas a aquisição de obras e publicações que exigem longas pesquisas e não estão vinculadas a um evento temporário mereceriam receber tratamento diferenciado. O mais grave, segundo li na Folha [Ilustrada, 24/11/09], é o governo querer disciplinar ou mesmo proibir a remuneração dos profissionais contratados para dirigir museus ou instituições culturais que adquiriram um estatuto autônomo, como organizações sociais. É um estímulo ao pior amadorismo ou a uma péssima elitização das direções das instituições: só ricos, pessoas que não vivem do que fazem, poderão ocupar essa direção, ou funcionários mal remunerados.

FOLHA - Que lições devemos tirar do incêndio que destruiu parte importante da obra de Hélio Oiticica?

DUARTE - A primeira lição é que não se deve nunca dispensar uma consultoria de risco indicada por uma boa empresa de seguros para qualquer edificação que for armazenar acervos preciosos. Mais do que isso: uma das cláusulas ao uso das leis de incentivo à cultura para instituições que preservam acervos seria a realização prévia da consultoria e o financiamento, pela própria lei de incentivo, da execução de todas as medidas técnicas que sejam recomendadas.

Acho que quem primeiro deveria dar esse exemplo é o próprio Ministério da Cultura, realizar essa consultoria em cada uma das instituições sob sua responsabilidade. A verdade é que em muitos casos nem as normas estabelecidas pelos Bombeiros são cumpridas.

FOLHA - Se compararmos arte contemporânea, mercado e instituições do Brasil com arte contemporânea, mercado e instituições de países mais avançados, quais são os principais descompassos?

DUARTE - Temos atualmente uma excelente produção de arte, reconhecida, antes de tudo, por importantes instituições e coleções estrangeiras. Nossas instituições apresentam os mesmos descompassos que existem para outras áreas, a começar pelo sistema educacional: quais são os descompassos que existem entre os sistemas educacionais brasileiro, japonês, alemão, americano, francês e inglês, por exemplo?

Nossas instituições de arte estão para as instituições desses países assim como [estão] nossa educação e nossos serviços de saúde. Quanto ao mercado, me parece que amadureceu muito, nos últimos 20 anos, em São Paulo; se estrutura no Rio e em Belo Horizonte, mas depende exclusivamente de colecionadores particulares. As instituições públicas não têm recursos regulares para aquisições.

FOLHA - E as doações?

DUARTE - Dou um exemplo. A diretora do Museu Nacional de Belas Artes declarou que recebeu em poucos anos milhares de doações. O número publicado chegava a dezenas de milhares, embora isso possa ter sido um erro tipográfico. Mas, se é verdade, é evidente prova do elevado grau de indigência que conduz a política cultural de artes visuais. Integrar o acervo do Museu Nacional de Belas Artes deve ser privilégio reservado às obras de artistas que constituem um patrimônio do povo brasileiro e cuja fruição vai efetivamente formar o olhar do cidadão no campo da arte.

Visite-se a sala de arte moderna e contemporânea do museu e ver-se-á que, além das inúmeras lacunas, existe quase sempre a inversão de valores: quanto menos importante o artista mais espaço ocupa sua obra. É uma aula completa do que não deve ser feito.

Arte online

fonte: Revista, Fundação Iberê Camargo, em 08 de dezembro, 2009


A Internet não é exatamente novidade no mundo das artes: você está, agora mesmo, lendo a Revista Digital da Fundação Iberê Camargo, uma entre os diversos sites que discutem, noticiam e divulgam as práticas artísticas no Brasil e no mundo. Ao mesmo tempo, cresce também a venda online de obras de arte – que acaba de ganhar mais um boom. É a recém-lançada Galeria Motor, espaço virtual que reúne cerca de 80 artistas e 170 obras no site de comércio eletrônico Submarino.

Sinal dos tempos. Por um lado, o chamado e-commerce já é uma realidade: segundo o site eCommerceOrg, o Brasil é o sexto colocado no ranking dos países com maior número de usuários de internet no mundo, com 50 milhões de pessoas ou 26.1% da população com acesso à rede. Isto representa um surpreendente crescimento de 900% no período de 2000 a 2008. Nesta década, o comércio eletrônico também cresceu, atingindo, no ano passado, a marca de faturamento de R$ 8,2 bilhões ao ano – e a previsão é que 2009 feche alcançando os R$ 10 bilhões. Por outro lado, o universo virtual tem servido como espaço aberto para divulgação do trabalho de inúmeros artistas, que fazem uso de sites e redes sociais para mostrar suas obras e fazer contatos profissionais – muitas vezes fugindo do circuito tradicional da arte.

E é identificando uma brecha neste cenário quase contraditório que se insere a Motor, resultado de uma parceria entre a galeria paulistana Nara Roesler e o Submarino, com a adesão de parceiros importantes como as galerias Luisa Strina, Luciana Brito, Raquel Arnaud, Leme, Choque Cultural, Casa Triângulo, Marília Razuk, Laura Marsiaj, Thomas Cohn, Eduardo Fernandes, Bolsa de Arte e Samba Photo, além de grupos como o do Atelier Fidalga. “A participação do comércio virtual em vários setores está mostrando que ele já ficou, e só tende a aumentar”, acredita Alexandre Roesler, diretor da Motor e responsável pela implantação do projeto. “Resolvemos montar uma galeria virtual diferente do que já se tem: conseguimos articular com galerias importantes e grandes artistas, fazendo obras específicas para serem vendidas pela internet”, explica. Segundo Alexandre, mais de 90% dos trabalhos vendidos na Motor foram criados com este fim, aumentando algumas tiragens para permitir uma redução maior dos preços.

Junto de nomes já estabelecidos das artes brasileiras estão representantes das novas gerações, artistas jovens cujo talento é uma aposta das galerias. Segundo Roesler, todos os representados passaram por uma seleção feita pelo Conselho Curatorial da Motor, composto por membros das demais galerias envolvidas e por um curador convidado – no caso, o crítico de arte Agnaldo Farias, que participou do processo até ser convidado a assumir a curadoria da Bienal Internacional de São Paulo. A ideia é que o convidado mude a cada ano, trazendo novas propostas para a coleção. “Queremos educar o olhar do público para a arte contemporânea, oferecendo obras para todo o país, 24 horas por dia, sete dias por semana, com informações sobre os artistas”, destaca Roesler. Além do breve texto sobre a obra e sobre o autor, que acompanha cada um dos trabalhos, em breve devem estar disponíveis no site entrevistas em vídeo com os artistas.

O diretor credita boa parte do sucesso da plataforma à credibilidade do Submarino, uma das maiores plataformas de e-commerce do Brasil, com experiência e estrutura necessárias para abrigar a iniciativa. Desde o lançamento da Galeria Motor, todas as obras foram armazenadas diretamente pelo site, que as recolhe dos espaços de arte e dos ateliês dos artistas. “Eles estão acostumados a transportar desde ovos de Páscoa até TVs de plasma. Ou seja, têm conhecimento e eficiência nos processos”, elogia Roesler.

“Nossa intenção é ampliar o acesso à arte, para que as pessoas conheçam mais, comprem seus primeiros trabalhos e peguem gosto pela coisa. Acreditamos que podemos ajudar para a criação de um novo grupo de jovens colecionadores e apreciadores da arte contemporânea”, defende. Sinal dos tempos.

Política, Propaganda e Genitália

fonte: Cultura e Mercado, por Leonardo Brant, 28 novembro 2009
votacultura
Nem os mais pessimistas opositores de Juca Ferreira, que se avolumam em progressão geométrica, poderiam prever catástrofe tão grande. O certo é que ninguém deve comemorar a bazófia, pois o único projeto do MinC que de fato traria dinheiro novo para a cultura virou pó. Não há mais condição política para aprovar nada em relação à pasta até o fim do mandato. O patrimônio cultural construído por Gilberto Gil, amparado e apoiado pela sociedade, está em risco. 


Não quero dizer com isso que o Juca seja culpado de qualquer coisa. Ele continua como sempre, com uma coragem inversamente desprorcional à ingenuidade, que inclui a falta de compreensão da complexidade da cultura, da política e do mercado. É um ministro fraco, inexpressivo, mas não quer dizer que seja mau.


A propaganda política patrocinada pelo MinC para convencer o Congresso a votar em projetos de seu interesse é bem intencionada, mas é ilegal. Assim como foi a milionária e bem sucedida campanha para difamar a Lei Rouanet junto à opinião pública. Construída em cima de um factóide, divulgando dados manipulados e mentirosos, a propaganda política foi construída para legitimar e dar governabilidade a alguém que se mostra a cada dia mais inadequado e incapaz de conduzir uma pasta difícil e complexa como a da cultura.


Com um discurso oportunista, que recebe cores e tons diferenciados conforme a plateia, a ocasião e o termômetro político, o ministro diz e se contradiz com espantosa naturalidade. E muitas vezes convence, mesmo utilizando argumentos e premissas falsas, seu entusiasmo contagia e transmite esperança, sobretudo aos milhões de excluídos das políticas culturais brasileiras.


Nem todos dão conta do abismo cada vez maior entre a retórica ministerial e a política de fato, que garanta os direitos culturais a todos os cidadãos. E conforme avança o calendário político-eleitoral, essa abismo fica mais evidente, monstruoso e revoltante.


Juca acusou toda a imprensa brasileira de ser mentirosa, por divulgar fatos que a própria assessoria do Ministério admitiu serem verdadeiras. E não bastasse a briga com todas as comissões do Senado reunidas pela cultura, virou desafeto das organizações ligadas aos jornalistas.


A pilha de processos do Ministério Público engordou um pouco mais esta semana. Enquanto dificulta o acesso para todos os outros mortais, Juca facilita o patrocínio da Lei Rouanet para seus amigos, comparsas e projetos patrocinados pelo próprio MinC, entre os maiores captadores de sua gestão. E agora terá de responder mais um sobre improbidade adminstrativa.


Mas a cultura brasileira vai além de Juca Ferreira e sua genitália exposta. E o Vale Cultura é um projeto que merece seguir adiante e precisa do apoio de todos nós.

Bate-boca no Senado na discussão do Vale-Cultura e impresso do Minc

fonte: canal Ministério da Cultura no YouTube

29ª Bienal de São Paulo: conceito curatorial

fonte: canal bienalsp no YouTube

Anunciada equipe de curadores da 29.ª Bienal de SP

Equipe de cinco curadores estrangeiros vão ajudar na concepção da mostra cujo tema é 'Arte e Política' 
fonte: O Estado de S. Paulo, em 16 de novembro


SÃO PAULO - Como estratégia para driblar o curto prazo que se tem para a realização da 29.ª Bienal de São Paulo - menos de um ano, já que está marcada para ocorrer em 2010, entre 21 de setembro e 12 de dezembro, a diretoria da instituição anunciou na tarde desta segunda, 16, a equipe de cinco curadores estrangeiros que ajudarão no processo de concepção da mostra e na escolha de artistas participantes.


Além de Moacir dos Anjos e Agnaldo Farias, curadores-chefes da exposição, anunciados anteriormente, ainda vão compor o time: como convidados, a espanhola Rina Carvajal, do Miami Art Museum; o sul-africano Sarat Maharaj, que vive em Londres, onde é professor na Universidade Goldsmiths, e também na Universidade de Lund e na Academia de Artes de Malmo, ambas na Suécia; como assistentes, o angolano Fernando Alvim, que dirige A Trienal de Arte de Luanda; a japonesa Yuko Hasegawa, do Museu de Arte Contemporânea de Tóquio; e a espanhola Chus Martinez, curadora-chefe do Museu de Arte Contemporânea de Barcelona.


No anúncio, feito na Fundação Bienal de São Paulo, o presidente da instituição, Heitor Martins, afirmou que na semana passada o Ministério da Cultura aprovou os orçamentos tanto do pré-projeto (de R$1,6 milhão) quanto do projeto da 29.ª Bienal (de R$ 29,3 milhões) para captação de recursos por meio da Lei Rouanet.


Martins ainda disse que do montante total a instituição já tem R$ 13,25 milhões (R$ 12,5 milhões por patrocínio do Banco Itaú e outras empresas e ainda R$ 750 mil livres). "Fechamos um ciclo que iniciamos em abril (quando ele foi convidado a se candidatar a presidente da entidade), em que afirmamos categoricamente que íamos tentar fazer a Bienal em 2010", disse o empresário Heitor Martins, sócio-diretor da empresa internacional de consultoria McKinsey.


A mostra terá como tema principal a relação entre Arte e Política - 26 artistas já estão confirmados, sendo que apenas dois deles foram divulgados, Cildo Meireles e Arthur Barrio, nomes de uma geração com trajetória iniciada nos anos 1960. "Eles vão apresentar obras inéditas na exposição", afirmou Moacir dos Anjos, completando que "vários artistas" vão produzir trabalhos novos para a Bienal. "Convidamos os curadores como interlocutores que nos ajudassem na realização de uma Bienal internacional. Eles são outras vozes em lugares distintos, outras percepções para trabalharmos a plataforma Arte e Política", afirmou Moacir dos Anjos.


Ainda como parte da "rede", fazem parte da equipe da 29.ª Bienal a artista Stella Barbieri (responsável pelo projeto educativo); a arquiteta Marta Bogéa (expografia); André Stolarski (design e produção gráfica); Jacopo Crivelli Visconti (trabalhou para a entidade na gestão passada de Manoel Pires da Costa e agora retorna com a função de fazer a relação institucional da Bienal com instituições estrangeiras); e de Helmut Batista, diretor do projeto Capacete (vai ser o curador do programa de residências da exposição).


Na coletiva de imprensa foi perguntado o que de contemporânea terá a 29.ª Bienal, que tem em sua equipe tanto curadores quanto outros profissionais que já participaram de edições da exposição - Rina Carvajal, por exemplo, esteve na curadoria da 24.ª Bienal; ou mesmo o anúncio de artistas como Meireles e Barrio, nomes constantes das grandes mostras e do circuito.


"Vai ser uma Bienal com uma leitura contundente e com olhar crítico para refletir sobre o mundo de hoje", afirmou Rina - Moacir disse que muitos artistas da lista de participantes serão jovens criadores. "Este é um projeto de refundação da Fundação Bienal de São Paulo e o papel da arte brasileira é outro, já que o Brasil está entrando no mapa de maneira diferente. Os países emergentes já emergiram", disse o sociólogo Laymert Garcia dos Santos, membro da diretoria da Bienal de São Paulo como representante do Ministério da Cultura.