Arte online

fonte: Revista, Fundação Iberê Camargo, em 08 de dezembro, 2009


A Internet não é exatamente novidade no mundo das artes: você está, agora mesmo, lendo a Revista Digital da Fundação Iberê Camargo, uma entre os diversos sites que discutem, noticiam e divulgam as práticas artísticas no Brasil e no mundo. Ao mesmo tempo, cresce também a venda online de obras de arte – que acaba de ganhar mais um boom. É a recém-lançada Galeria Motor, espaço virtual que reúne cerca de 80 artistas e 170 obras no site de comércio eletrônico Submarino.

Sinal dos tempos. Por um lado, o chamado e-commerce já é uma realidade: segundo o site eCommerceOrg, o Brasil é o sexto colocado no ranking dos países com maior número de usuários de internet no mundo, com 50 milhões de pessoas ou 26.1% da população com acesso à rede. Isto representa um surpreendente crescimento de 900% no período de 2000 a 2008. Nesta década, o comércio eletrônico também cresceu, atingindo, no ano passado, a marca de faturamento de R$ 8,2 bilhões ao ano – e a previsão é que 2009 feche alcançando os R$ 10 bilhões. Por outro lado, o universo virtual tem servido como espaço aberto para divulgação do trabalho de inúmeros artistas, que fazem uso de sites e redes sociais para mostrar suas obras e fazer contatos profissionais – muitas vezes fugindo do circuito tradicional da arte.

E é identificando uma brecha neste cenário quase contraditório que se insere a Motor, resultado de uma parceria entre a galeria paulistana Nara Roesler e o Submarino, com a adesão de parceiros importantes como as galerias Luisa Strina, Luciana Brito, Raquel Arnaud, Leme, Choque Cultural, Casa Triângulo, Marília Razuk, Laura Marsiaj, Thomas Cohn, Eduardo Fernandes, Bolsa de Arte e Samba Photo, além de grupos como o do Atelier Fidalga. “A participação do comércio virtual em vários setores está mostrando que ele já ficou, e só tende a aumentar”, acredita Alexandre Roesler, diretor da Motor e responsável pela implantação do projeto. “Resolvemos montar uma galeria virtual diferente do que já se tem: conseguimos articular com galerias importantes e grandes artistas, fazendo obras específicas para serem vendidas pela internet”, explica. Segundo Alexandre, mais de 90% dos trabalhos vendidos na Motor foram criados com este fim, aumentando algumas tiragens para permitir uma redução maior dos preços.

Junto de nomes já estabelecidos das artes brasileiras estão representantes das novas gerações, artistas jovens cujo talento é uma aposta das galerias. Segundo Roesler, todos os representados passaram por uma seleção feita pelo Conselho Curatorial da Motor, composto por membros das demais galerias envolvidas e por um curador convidado – no caso, o crítico de arte Agnaldo Farias, que participou do processo até ser convidado a assumir a curadoria da Bienal Internacional de São Paulo. A ideia é que o convidado mude a cada ano, trazendo novas propostas para a coleção. “Queremos educar o olhar do público para a arte contemporânea, oferecendo obras para todo o país, 24 horas por dia, sete dias por semana, com informações sobre os artistas”, destaca Roesler. Além do breve texto sobre a obra e sobre o autor, que acompanha cada um dos trabalhos, em breve devem estar disponíveis no site entrevistas em vídeo com os artistas.

O diretor credita boa parte do sucesso da plataforma à credibilidade do Submarino, uma das maiores plataformas de e-commerce do Brasil, com experiência e estrutura necessárias para abrigar a iniciativa. Desde o lançamento da Galeria Motor, todas as obras foram armazenadas diretamente pelo site, que as recolhe dos espaços de arte e dos ateliês dos artistas. “Eles estão acostumados a transportar desde ovos de Páscoa até TVs de plasma. Ou seja, têm conhecimento e eficiência nos processos”, elogia Roesler.

“Nossa intenção é ampliar o acesso à arte, para que as pessoas conheçam mais, comprem seus primeiros trabalhos e peguem gosto pela coisa. Acreditamos que podemos ajudar para a criação de um novo grupo de jovens colecionadores e apreciadores da arte contemporânea”, defende. Sinal dos tempos.

Política, Propaganda e Genitália

fonte: Cultura e Mercado, por Leonardo Brant, 28 novembro 2009
votacultura
Nem os mais pessimistas opositores de Juca Ferreira, que se avolumam em progressão geométrica, poderiam prever catástrofe tão grande. O certo é que ninguém deve comemorar a bazófia, pois o único projeto do MinC que de fato traria dinheiro novo para a cultura virou pó. Não há mais condição política para aprovar nada em relação à pasta até o fim do mandato. O patrimônio cultural construído por Gilberto Gil, amparado e apoiado pela sociedade, está em risco. 


Não quero dizer com isso que o Juca seja culpado de qualquer coisa. Ele continua como sempre, com uma coragem inversamente desprorcional à ingenuidade, que inclui a falta de compreensão da complexidade da cultura, da política e do mercado. É um ministro fraco, inexpressivo, mas não quer dizer que seja mau.


A propaganda política patrocinada pelo MinC para convencer o Congresso a votar em projetos de seu interesse é bem intencionada, mas é ilegal. Assim como foi a milionária e bem sucedida campanha para difamar a Lei Rouanet junto à opinião pública. Construída em cima de um factóide, divulgando dados manipulados e mentirosos, a propaganda política foi construída para legitimar e dar governabilidade a alguém que se mostra a cada dia mais inadequado e incapaz de conduzir uma pasta difícil e complexa como a da cultura.


Com um discurso oportunista, que recebe cores e tons diferenciados conforme a plateia, a ocasião e o termômetro político, o ministro diz e se contradiz com espantosa naturalidade. E muitas vezes convence, mesmo utilizando argumentos e premissas falsas, seu entusiasmo contagia e transmite esperança, sobretudo aos milhões de excluídos das políticas culturais brasileiras.


Nem todos dão conta do abismo cada vez maior entre a retórica ministerial e a política de fato, que garanta os direitos culturais a todos os cidadãos. E conforme avança o calendário político-eleitoral, essa abismo fica mais evidente, monstruoso e revoltante.


Juca acusou toda a imprensa brasileira de ser mentirosa, por divulgar fatos que a própria assessoria do Ministério admitiu serem verdadeiras. E não bastasse a briga com todas as comissões do Senado reunidas pela cultura, virou desafeto das organizações ligadas aos jornalistas.


A pilha de processos do Ministério Público engordou um pouco mais esta semana. Enquanto dificulta o acesso para todos os outros mortais, Juca facilita o patrocínio da Lei Rouanet para seus amigos, comparsas e projetos patrocinados pelo próprio MinC, entre os maiores captadores de sua gestão. E agora terá de responder mais um sobre improbidade adminstrativa.


Mas a cultura brasileira vai além de Juca Ferreira e sua genitália exposta. E o Vale Cultura é um projeto que merece seguir adiante e precisa do apoio de todos nós.

Bate-boca no Senado na discussão do Vale-Cultura e impresso do Minc

fonte: canal Ministério da Cultura no YouTube

29ª Bienal de São Paulo: conceito curatorial

fonte: canal bienalsp no YouTube

Anunciada equipe de curadores da 29.ª Bienal de SP

Equipe de cinco curadores estrangeiros vão ajudar na concepção da mostra cujo tema é 'Arte e Política' 
fonte: O Estado de S. Paulo, em 16 de novembro


SÃO PAULO - Como estratégia para driblar o curto prazo que se tem para a realização da 29.ª Bienal de São Paulo - menos de um ano, já que está marcada para ocorrer em 2010, entre 21 de setembro e 12 de dezembro, a diretoria da instituição anunciou na tarde desta segunda, 16, a equipe de cinco curadores estrangeiros que ajudarão no processo de concepção da mostra e na escolha de artistas participantes.


Além de Moacir dos Anjos e Agnaldo Farias, curadores-chefes da exposição, anunciados anteriormente, ainda vão compor o time: como convidados, a espanhola Rina Carvajal, do Miami Art Museum; o sul-africano Sarat Maharaj, que vive em Londres, onde é professor na Universidade Goldsmiths, e também na Universidade de Lund e na Academia de Artes de Malmo, ambas na Suécia; como assistentes, o angolano Fernando Alvim, que dirige A Trienal de Arte de Luanda; a japonesa Yuko Hasegawa, do Museu de Arte Contemporânea de Tóquio; e a espanhola Chus Martinez, curadora-chefe do Museu de Arte Contemporânea de Barcelona.


No anúncio, feito na Fundação Bienal de São Paulo, o presidente da instituição, Heitor Martins, afirmou que na semana passada o Ministério da Cultura aprovou os orçamentos tanto do pré-projeto (de R$1,6 milhão) quanto do projeto da 29.ª Bienal (de R$ 29,3 milhões) para captação de recursos por meio da Lei Rouanet.


Martins ainda disse que do montante total a instituição já tem R$ 13,25 milhões (R$ 12,5 milhões por patrocínio do Banco Itaú e outras empresas e ainda R$ 750 mil livres). "Fechamos um ciclo que iniciamos em abril (quando ele foi convidado a se candidatar a presidente da entidade), em que afirmamos categoricamente que íamos tentar fazer a Bienal em 2010", disse o empresário Heitor Martins, sócio-diretor da empresa internacional de consultoria McKinsey.


A mostra terá como tema principal a relação entre Arte e Política - 26 artistas já estão confirmados, sendo que apenas dois deles foram divulgados, Cildo Meireles e Arthur Barrio, nomes de uma geração com trajetória iniciada nos anos 1960. "Eles vão apresentar obras inéditas na exposição", afirmou Moacir dos Anjos, completando que "vários artistas" vão produzir trabalhos novos para a Bienal. "Convidamos os curadores como interlocutores que nos ajudassem na realização de uma Bienal internacional. Eles são outras vozes em lugares distintos, outras percepções para trabalharmos a plataforma Arte e Política", afirmou Moacir dos Anjos.


Ainda como parte da "rede", fazem parte da equipe da 29.ª Bienal a artista Stella Barbieri (responsável pelo projeto educativo); a arquiteta Marta Bogéa (expografia); André Stolarski (design e produção gráfica); Jacopo Crivelli Visconti (trabalhou para a entidade na gestão passada de Manoel Pires da Costa e agora retorna com a função de fazer a relação institucional da Bienal com instituições estrangeiras); e de Helmut Batista, diretor do projeto Capacete (vai ser o curador do programa de residências da exposição).


Na coletiva de imprensa foi perguntado o que de contemporânea terá a 29.ª Bienal, que tem em sua equipe tanto curadores quanto outros profissionais que já participaram de edições da exposição - Rina Carvajal, por exemplo, esteve na curadoria da 24.ª Bienal; ou mesmo o anúncio de artistas como Meireles e Barrio, nomes constantes das grandes mostras e do circuito.


"Vai ser uma Bienal com uma leitura contundente e com olhar crítico para refletir sobre o mundo de hoje", afirmou Rina - Moacir disse que muitos artistas da lista de participantes serão jovens criadores. "Este é um projeto de refundação da Fundação Bienal de São Paulo e o papel da arte brasileira é outro, já que o Brasil está entrando no mapa de maneira diferente. Os países emergentes já emergiram", disse o sociólogo Laymert Garcia dos Santos, membro da diretoria da Bienal de São Paulo como representante do Ministério da Cultura.

exposição - Temporada na temporada

fonte: Revista - Fundação Iberê Camargo
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Em cartaz no Paço das Artes, em São Paulo, a Temporada de Projetos na Temporada de Projetos faz uma espécie de subversão do próprio edital da instituição – que, a cada ano, abre espaço para artistas e curadores submeterem suas ideias de obras e exposições – propondo uma reflexão crítica sobre a prática de elaboração de projetos e processos curatoriais – para editais, ou não.
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A proposta curatorial veio de Luiza Proença e Roberto Winter que, como artistas ainda em início de carreira, viam-se elaborando inúmeros trabalhos na forma de projetos para instituições culturais e suas convocatórias. “O que é curioso é que nunca sabíamos os contextos e motivos que levavam nem à recusa dos projetos nem a sua aceitação”, destaca Luiza. Soma-se a isto o fato de que, geralmente, os artistas trabalham sozinhos e as instituições recebem muitas vezes mais inscritos do que o espaço que podem oferecer, tem-se aí um grande excedente de propostas. Sendo assim, fazer uma exposição só de projetos significa dar espaço a eles e permitir que os artistas possam contextualizar suas produções em relação às dos outros, provendo um espaço de intercâmbio direto. Além disso, torna possível dar ao público o contato com uma dimensão da obra jamais revelada.
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Partindo deste contexto, Luiza e Roberto submeteram seu projeto de curadoria ao edital da Temporada de Projetos 2009 e foram selecionados para realizá-lo entre 6 de outubro e 6 de dezembro deste ano. “De certo modo, é um projeto um tanto ousado, e o Paço percebeu a importância dele”, afirma a curadora. Assim, todos os 322 inscritos no edital foram convidados a expor seus projetos, independente de qualquer resultado de seleção. No entanto, segundo os curadores, cerca de 72 nunca responderam aos contatos e 63 recusaram o convite, deixando 150 participantes, cujos trabalhos estão expostos de maneira a lidar com a pesquisa, a discussão, a apresentação e a mediação da arte contemporânea.
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A intenção, segundo os curadores, é responder a uma série de questões, que envolvem a relevância do projeto dentro da prática artística, a capacidade que ele tem de esclarecer ao público o processo de produção da arte nos dias de hoje, a possibilidade de acesso à obra ou de substituição dela pelo projeto e o potencial formativo, para jovens artistas e para o público em geral, da apresentação de projetos integralmente. “Não pretendemos ter uma resposta para cada uma delas pelo menos até o fim da mostra e das atividades agendadas. Vemos a exposição como uma oportunidade de colocar essas perguntas, debatê-las em público e criar condições para que sejam esclarecidas”, explica Roberto. No entanto, com o andamento da mostra e de seus atividades de suporte, uma das questões já aponta um caminho: a possibilidade de o projeto substituir a obra, seja por contê-la, seja por representá-la, parece não se confirmar. “Hoje, principalmente por meio de uma atividade que estamos realizando com os artistas participantes e o Núcleo Educativo do Paço das Artes, chamada Projeto Portfólio, percebemos que o projeto, na maioria das vezes, não dá conta de apresentar a obra e por isso é incapaz de substituí-la”, conta Luiza. “Porque o artista não consegue escrever sobre sua obra, não sabe documentá-la bem, não possui as ferramentas necessárias para formatar essa documentação, não pode gastar dinheiro para fazer o projeto, ainda não domina o que a obra é para ele próprio etc.”, analisa.
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Por outro lado, como elemento de mediação da relação entre o artista-proponente e o júri de seleção, o projeto pode fornecer um acesso mais esclarecedor à obra do que a própria obra. Mas esta condição esconde um paradoxo: “Carregamos uma herança histórica que dita que o contato entre o público e a obra deve ser imediato, estético (no sentido kantiano), mas, ao mesmo tempo, existe um acordo generalizado de que – pelo menos desde Duchamp – a obra não é capaz de se mediar por completo e necessita, pelo menos, de um aporte contextual que a legitime como tal. Daí surgem contradições da produção da arte contemporânea que permanecem latentes: de um lado, uma busca pelo imediato e, por outro, a busca por formas e possibilidades de mediação”, explica Roberto. Para o curador, expor os projetos evidencia estes contrastes, na medida em que se veem propostas cuja carga conceitual, histórica ou simbólica é grande e presente, mas que não permitem acessos a ela, seja por características formais ou pela falta de mecanismos mediadores.
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A Temporada de Projetos na Temporada de Projetos também está trabalhando com a Internet de uma forma pouco usual entre as mostras nacionais, mantendo, além do site da exposição, um blog e espaços em uma série de plataformas virtuais, que permitem não só acompanhar o andamento da exposição, mas também debater as questões levantadas por ela. Para Luiza, a Internet cumpre também outros papeis importantes na mostra: permite manter o maior contato possível com os artistas participantes, que são muitos, relata o processo de desenvolvimento da curadoria desde a aprovação do projeto, cria um arquivo dos eventos realizados e reúne uma bibliografia sobre os temas envolvidos, “ações ainda muito escassas no Brasil”, segundo a curadora. “Seria ingênuo compreender a Internet como uma ferramenta verdadeiramente pública, já que o acesso a ela é relativamente muito baixo. De qualquer forma, não deixa de se tornar mais e mais claro que a Internet provê ferramentas muito potentes para a disseminação de ideias e o contato mais direto entre as pessoas”, destaca Roberto. Para ele, também a presença na web é uma ferramenta de mediação: permite que as pessoas cheguem na exposição já com uma carga de conhecimento que possibilita um acesso muito mais profundo, além de abrir espaço para que as pessoas saiam da exposição e possam “retornar” a ela no ambiente digital.
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Visitação: 6 de outubro a 6 de dezembro de 2009. Gratuito.
PAÇO DAS ARTES
Av. da Universidade, 1, Cidade UniversitáriaSão Paulo, SP, Brasil
Horário de visitação: terça a sexta, das 11h30 às 19 horas, sábados, domingos e feriados das 12h30 às 17h30

Selo Mercosul Cultural

Aprovada a arte do dispositivo de facilitação aduaneira para circulação de bens culturais na região
fonte: site do MinC, por Sheila Rezende, 25 de setembro de 2009
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Divulgada nesta sexta-feira, 25 de setembro, a arte do Selo Mercosul Cultural, a ser utilizado para facilitação aduaneira para a importação e exportação temporárias de bens integrantes de projetos culturais. A arte do instrumento foi aprovada segundo decisão do Conselho do Mercado Comum do Mercosul, em dezembro de 2008. A Portaria nº 70, que trata do dispositivo, sua forma e uso, foi publicada no Diário Oficial da União (Seção 1, páginas de 5 a 7).
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Com a utilização do Selo, os bens culturais têm trânsito livre nas alfândegas dos países do Mercosul. Todos os trâmites legais para o transporte destes produtos passam a ser realizados no local de origem, antes do embarque. Após receber o Selo, o bem tem acesso livre ao país e só é aberto no destino. Além de reduzir o tempo gasto nas alfândegas, o projeto visa, também, proteger a integridade das obras de arte, que podem ser danificadas quando abertas para a fiscalização.
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A iniciativa será implantada, primeiramente, nos quatro Estados Partes - Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai - e, posteriormente, estendida aos dez países pertencentes ao Mercosul Cultural. A criação do Selo Mercosul Cultural já vem sendo discutida desde 1998 e sua implementação conta com a colaboração de Aduanas e Parlamentos de todas as nações da região.
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Para que um bem de caráter cultural seja protegido pelo mecanismo, deverá obter autorização concedida pelos órgãos nacionais competentes. O Selo será exclusivamente de uso oficial e deverá ser impresso, em cada país, por instituição habilitada a seguir as especificações técnicas e aos requisitos de segurança conforme determinado na Portaria.

primeiro Anuário de Estatísticas Culturais do País

MinC divulga.........................
Iniciativa faz parte de sistema de informações que será um dos pilares do PNC

fonte: site do Minc - 08 de setembro de 2009
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Entre 2005 e 2006 caiu o número de municípios brasileiros que possuem certos equipamentos culturais como rádios FM locais (-33,1%), cinemas (-4,3%), livrarias (-3,1%), e rádios AM locais (2,5%). Em contrapartida, aumentou o número de municípios brasileiros que possuem museus (7%), bibliotecas públicas (4,8%) e teatro/salas de espetáculo (1,5%). Esses são alguns destaques de Cultura em Números - Anuário de Estatísticas Culturais 2009, cujo lançamento será nesta quarta-feira (9), junto com a apresentação do substitutivo do Plano Nacional de Cultura, na Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados.
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Cultura em Números faz parte de uma política de informações e indicadores culturais do Ministério da Cultura (MinC) e pretende contribuir para a consolidação do Sistema Nacional de Informações e Indicadores Culturais (SNIIC), um dos pilares do Plano Nacional de Cultura.
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O anuário foi desenvolvido, ao longo de 2007 e 2008, pela Gerência de Estudos e Pesquisas da Secretaria de Políticas Culturais do MinC. A publicação reúne informações quantitativas sobre as diversas expressões culturais - cultura popular, teatro, biblioteca pública, museu, artes plásticas, cinema, entre outras - divididas em cinco áreas: Oferta da Cultura; Demanda da Cultura; Indicadores Culturais; Financiamento da Cultura e Gestão Pública da Cultura.
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Diversas fontes de dados foram utilizadas, mas a principal foi o Suplemento de Cultura da Pesquisa de Informações Básicas Municipais - MUNIC 2006, uma parceria do MinC com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com base nos microdados da pesquisa o Cultura em Números - Anuário de Estatísticas Culturais 2009 traz centenas de tabelas e gráficos que apresentam uma distribuição nacional, por unidade da federação (UF), identificando os estados com maior percentual de municípios com cinemas, teatros, bibliotecas, etc., além de revelar a evolução (positiva ou negativa) dos equipamentos culturais em cada região brasileira.
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Levou-se em consideração o fato de que os estados que apresentam menor número de municípios têm maior possibilidade de alcançar maiores números porcentuais. O porcentual de municípios é calculado por meio da divisão do número de municípios de cada unidade da federação (UF) que possui determinado equipamento cultural, pelo número total de municípios da UF e multiplicado por 100.
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acesse a matéria na íntegra no portal do Ministério da Cultura
acesse a publicação do Anuário de Estatísticas Culturais do País

II Congresso de Cultura Ibero-Americana

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O II Congresso de Cultura Ibero-Americana – Cultura e Transformação Social é uma iniciativa da Secretaria Geral Ibero-Americana (SEGIB), Ministério da Cultura do Brasil e do SESC São Paulo, a ser realizado de 30 de setembro a 03 de outubro de 2009, na cidade de São Paulo. O evento reúne 22 países da América Latina (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, El Salvador, Equador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela) e da Península Ibérica (Andorra, Espanha e Portugal).
Sua primeira edição ocorreu em 2008 na Cidade do México, tendo como tema “O Cinema e a Produção Audiovisual”. Neste ano, com o tema “Cultura e Transformação Social”, o encontro ressaltará as potencialidades da cultura ibero-americana a partir do intercâmbio de conceitos e práticas que contribuem para a formação e o fortalecimento de políticas públicas que considerem a cultura como campo fértil para o desenvolvimento econômico e social, a serem discutidas por meio de conferências, mesas de debate, relatos de experiências, além de contar com uma programação cultural na qual se destacarão apresentações artísticas, mostra audiovisual e exposições.
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de 30 de setembro a 3 de outubro de 2009 :: SESC Vila Mariana - São Paulo - Brasil
site oficial do congresso: www.congressoiberoamericano.com.br

Iphan cria grupo de trabalho para discutir circulação de obras de arte

fonte: Agência Brasil - por Christina Machado - 09 setembro
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Brasília - Portaria do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) publicada no Diário Oficial da União de hoje (9) cria um grupo de trabalho para discutir a regulação e o monitoramento da circulação de obras de arte.
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O Iphan quer encontrar soluções para estimular a exportação desses bens, ao mesmo tempo em que espera poder atender às demandas do setor econômico, principalmente no que se refere à arte contemporânea. Para isso, o grupo deverá propor ações que garantam os interesses públicos e o desenvolvimento da economia das artes visuais no país.
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Para a discussão estão sendo chamados representantes do setor público, da sociedade civil, e de galerias comerciais de arte. Integram o grupo a Secretaria de Políticas Culturais do Ministério da Cultura, o Iphan e a Fundação Nacional de Artes (Funarte).
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No grupo estarão ainda representantes do Museu de Arte Contemporânea e Moderna, do Comitê Brasileiro da História da Arte, da Associação Brasileira de Arte Contemporânea, da Galeria Gentil Carioca, do Projeto Setorial Integrado (PSI), da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e de colecionadores de arte contemporânea brasileira.
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A coordenação vai ser exercida pelos representantes do Iphan e da Secretaria de Políticas Culturais do Ministério da Cultura. Os titulares das instituições devem indicar os membros e os suplentes no prazo de 20 dias, a contar de hoje.

Programa para aumentar o volume de negócios internacionais das artes visuais

Governo cria um programa para aumentar o volume de negócios internacionais das artes visuais e promover artistas brasileiros dentro e fora do país. O programa Brasil Arte Contemporânea, com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, a Apex Brasil, e a fundação Bienal de São Paulo.
NBR, NBR Notícias, 04/09/2009

fonte: canal do Ministerio da Cultura - YouTube - em 04/09/2009

Ministério da Cultura amplia em R$ 18,4 milhões orçamento da Funarte

fonte: site da FUNARTE
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O ministro de Estado da Cultura, Juca Ferreira, anuncia nesta quarta-feira, 19 de agosto, no Complexo Cultural Funarte São Paulo, uma suplementação de R$ 18,4 milhões em recursos que irão dobrar ou, em alguns casos, triplicar o orçamento de ações da Funarte. Somados aos valores inicialmente previstos para cada ação, os investimentos totalizam R$ 35,1 milhões.
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Para o presidente da Funarte, Sérgio Mamberti, os investimentos demonstram um "novo momento da Funarte", anunciado por ele e pelo ministro Juca Ferreira na cerimônia de sua posse. "Estamos concretizando o compromisso de construção de uma Funarte à altura da sua tradição e do seu papel estratégico no fomento às artes. O ministro Juca Ferreira tem sido um parceiro fundamental na nossa luta para tornar esse sonho possível", afirmou Mamberti.
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Na ocasião, será lançado também o edital que seleciona artistas para se apresentar durante a Feira Música Brasil 2009, uma ação do Ministério da Cultura e da Funarte em parceira com Fundarpe, Petrobras e Prefeitura do Recife, que será realizada em dezembro, no Recife.
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Também será anunciado o lançamento das edições 2009 da Rede Nacional Artes Visuais, um programa de circulação de exposições, oficinas, seminários e outros eventos; e do Prêmio de Artes Plásticas Marcantonio Vilaça, que irá fomentar a produção de obras de arte para complementar acervos museológicos em todo o país. Essas duas ações voltadas para as artes visuais têm R$ 2,2 milhões de recursos orçamentários da Funarte.
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NOVOS RECURSOS
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Com a suplementação, a Funarte terá R$ 1,5 milhão para retomar seu programa de distribuição de equipamentos de iluminação para teatros brasileiros. A edição 2009 do Prêmio Funarte Carequinha de Estímulo ao Circo, com inscrições já encerradas, terá novo aporte de R$ 3 milhões que, adicionados aos R$ 2,9 milhões já previstos, totalizarão R$ 5,9 milhões.
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Sete bolsas e prêmios da Funarte abertos para inscrições em todo o país ganharão reforço substancial em seu orçamento. As bolsas e prêmios, com valores de até R$ 150 mil, trazem oportunidades para artistas, produtores, estudantes e pesquisadores de arte de todo o Brasil. Os editais que receberão suplementação orçamentária são:
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- Prêmio Interações Estéticas - Residências Artísticas em Pontos de Cultura: inscrições prorrogadas até 24 de agosto
- Bolsa Funarte de Produção Crítica sobre Conteúdos Artísticos em Mídias Digitais/Internet: inscrições prorrogadas até 24 de agosto
- Bolsa Funarte de Criação Literária: inscrições prorrogadas até 24 de agosto - Bolsa de Produção Crítica sobre as Interfaces dos Conteúdos Artísticos e Culturas Populares: inscrições até 14 de setembro
- Prêmio Funarte Artes Cênicas na Rua: inscrições prorrogadas até 17 de agosto
- Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz: inscrições até 3 de setembro
- Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna: inscrições até 3 de setembro - Prêmio Funarte Carequinha de Estímulo ao Circo: inscrições encerradas
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Funarte e Ministério da Cultura
ANÚNCIO DA AMPLIAÇÃO DE RECURSOS PARA AS ARTES
Com a presença do ministro de Estado da Cultura, Juca Ferreira, e do presidente da Funarte, Sérgio Mamberti
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Quarta-feira, 19 de agosto de 2009, às 15h
Complexo Cultural Funarte São Paulo Al. Nothmann, 1058 - Campos Elíseos
São Paulo, SP
(11) 3662-5177
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Curador da Bienal de 2010, Moacir dos Anjos quer arte política

fonte: Folha de S.Paulo - por Fabio Cypriano - em 14/07/2009
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Política, sem a institucionalização de um museu ou o afã pelo novo de uma feira de arte. Em síntese, essas são as linhas gerais que vão direcionar a organização da 29ª Bienal de São Paulo, segundo o curador Moacir dos Anjos, anunciado nesta segunda-feira (13) pelo presidente da Fundação Bienal, Heitor Martins, conforme a Folha havia adiantado.
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De Londres, via Skype, o pernambucano Dos Anjos, 46, explicou o projeto inicial que irá conduzir a preparação da mostra, ainda sem data de abertura definida, mas que deve ocorrer em fins de setembro ou começo de outubro do próximo ano.
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"O Moacir é o coordenador do grupo curatorial, outros cinco nomes ainda devem ser incluídos, três deles estrangeiros. O conceito de equipe é importante para marcar um pluralismo de visões", afirmou ontem Martins, na sede da Fundação Bienal. Os demais curadores serão anunciados em agosto.
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A 29ª Bienal não terá um tema específico, mas será organizada como uma "plataforma discursiva", disse Dos Anjos. "Um tema costuma constranger as obras a um ponto específico e por seu tamanho." De acordo com o projeto apresentado pelo curador, isso significa que "o aspecto central dessa plataforma será o reconhecimento do caráter ambíguo que a arte exibe desde que se viu liberta de sua função de meramente representar o mundo".
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O curador trabalha a exposição com um título ainda provisório, "Há sempre um copo de mar para um homem navegar", verso do poeta alagoano Jorge de Lima. "Vamos dar ênfase à arte como produtora de uma visão de mundo que, em potência, pode transformar a realidade", disse o curador, ao explicar o caráter político da mostra.
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Ao preparar o projeto da 29ª Bienal, Dos Anjos falou que teve em mente outras mostras, com as quais pretende dialogar: "Não sou ingênuo ou arrogante para achar que vou inventar a roda. A Documenta 11, de 2002, a última Bienal de Sydney, e a 24ª e 27ª Bienais de SP são as mostras que tive em mente para elaborar o projeto."
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Sobre a Documenta 11, Dos Anjos ressaltou a mescla entre os vínculos estabelecidos da arte feita no presente com a produção do passado, o que deve ocorrer também na 29ª Bienal. Outro viés importante da exposição, também segundo o curador, será seu caráter experimental, que foi lembrado a partir da concepção do crítico Mário Pedrosa em sua famosa formulação "a arte é o exercício experimental da liberdade".
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A produção brasileira também será fortalecida, sem ser organizada em gueto. "Pretendo romper com a leitura crítica dominante que a arte política brasileira ocorreu só nos anos 1960 e 70."
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Segundo Martins, a exposição deve custar cerca de R$ 25 milhões, além de R$ 5 milhões para o setor educativo. O curador volta amanhã para Recife. Ele não terá residência permanente em São Paulo.

Heitor Martins é eleito presidente da Fundação Bienal

fonte: Mapa das Artes
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O empresário Heitor Martins, de 41 anos, foi eleito em 28/05/09 presidente da Fundação Bienal de São Paulo. Candidato único ao cargo, ele teve 28 votos a favor, um contra e duas abstenções. Sócio-diretor da consultoria financeira McKinsey, Martins é investidor e colecionador de arte, casado com Fernanda Feitosa, criadora da feira SP Arte.
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Além dele, foram eleitos para a diretoria e o conselho todos os nomes que havia sugerido, priorizando profissionais do setor financeiro para dirigir a instituição e colecionadores para o conselho. Martins diz ter a intenção de convidar mais de um curador para realizar a próxima Bienal, sendo um deles estrangeiro. Ele terá como prioridade agora apresentar propostas para realizar a mostra em outubro de 2010 (o evento corria o risco de ser adiado para 2011 por falta de verbas e atrasos na escolha do curador).
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Com apoio declarado do ministro da Cultura, Juca Ferreira, Martins diz que vai buscar agora estreitar laços com os governos do Estado e do município, além de patrocinadores da iniciativa privada. Também disse que a escolha do curador será uma decisão dele e da diretoria, em vez de uma eleição de projetos submetidos à fundação, como ocorreu nas duas últimas edições da mostra.
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Estão na nova diretoria Jorge Fergie, sócio de Martins na consultoria McKinsey; Eduardo Vassimon, ex-vice-presidente do banco Itaú BBA; e os empresários Luis Terepins e Pedro Barbosa. Outros membros são Justo Werlang, ex-presidente da Bienal do Mercosul, o colecionador Miguel Chaia e o advogado Salo Kibrit.
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Por indicação de Martins, passam a integrar o conselho da Fundação Bienal: Alfredo Egydio Setúbal, Carlos Jereissati Filho, José Olympio Pereira, Paulo Sérgio Coutinho Galvão Filho, Susana Steinbruch e Tito Enrique da Silva Neto.

Em crise, Bienal é adiada para 2011; fundação procura presidente

fonte: Folha de S.Paulo - por Catia Seabra - em 17/04/2009
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Enfrentando severa crise, o conselho de administração da Bienal de São Paulo já trabalha com adiamento de um ano da mostra de arte.
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Pelo calendário apresentado ao secretário municipal Andrea Matarazzo --recém-convidado a assumir a presidência da fundação--, a próxima Bienal está programada para 2011. Não mais para o ano que vem, como originalmente previsto. Além disso, planejada para este ano, a Bienal de Arquitetura só deverá acontecer a partir de 2010.
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Prédio onde ocorre a Bienal de São Paulo e a Bienal de Arquitetura e que fica no Ibirapuera.
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Até lá, o futuro presidente ganharia fôlego para sanear as contas da fundação, negativas, pelo menos, há dois anos.
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Segundo números obtidos pela Folha, a Fundação Bienal de São Paulo encerrou 2008 com uma dívida de curto prazo de R$ 4,657 milhões, sendo R$ 2,39 milhões com fornecedores e R$ 859 mil em empréstimos.
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Ainda de acordo com o documento --encaminhado ao conselho fiscal e chamado de "minuta" pela presidência da Bienal-- a fundação gasta, ao longo do ano, mais do que arrecada.
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Em 2008, sua receita foi de R$ 13,9 milhões, e as despesas, R$ 15,6 milhões: um buraco de R$ 1,643 milhão. Em 2007, o déficit foi de R$ 1,551 milhão.
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Procura-se
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Desde outubro, o conselho da Bienal procura um sucessor para o atual presidente da fundação, Manoel Pires da Costa. Pelo estatuto, seu mandato estaria encerrado no dia 6 de fevereiro, dois meses depois da conclusão da Bienal.
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Mas a debilidade financeira está afugentando os potenciais pretendentes. Presidente do conselho administrativo da fundação, o arquiteto Miguel Pereira conta que, antes de Matarazzo, outros cinco foram sondados para o cargo.
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Os números da fundação, reconhece, os desencoraja. "A bienal está demorando a resgatar o prestígio e credibilidade. Sofremos um revés acentuado, principalmente nos últimos dois anos", afirma Pereira.
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Também dedicado à escolha do novo presidente, o conselheiro Julio Landmann conta que a lista de convidados incluiu José Olympio, Rubens Barbosa e Suzana Steinbruch.
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"Não me lembro de outra Bienal em que o novo presidente não estivesse conhecido até meados de março. Estamos no mínimo um mês atrasados", diz Landmann.
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Aberta essa lacuna, o conselho está, segundo Landman, disposto a adiar a Bienal para 2011. "Eu jamais faria em 2010. Não me parece lógico. O conselho, por si só, já está convencido de que não seria ideal. Vamos dizer: não teria empecilho jogar ela para frente por mais um ano", admite Landmann.
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Ao ser convidado pelo conselho, Matarazzo foi informado de que a intenção é montar a Bienal de artes somente em 2011. É a data que fixa o tamanho do mandato do novo presidente.
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Consenso
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"Há um consenso de que a mostra foi postergada para 2011. Estou trabalhando com esse prazo", afirma Matarazzo, à espera da revisão de uma auditoria sobre os números da Bienal. Até o presidente Manoel Pires da Costa reconhece: "Não é uma coisa absurda, em função do que está acontecendo na economia do mundo, deixar para fazer a Bienal daqui a dois, três anos".
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Pires da Costa --que teve a minuta de balanço questionada pelo conselho fiscal-- prefere generalizar a crise: "É um problema da economia do mundo".
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Na semana passada, as contas da Bienal foram apresentadas para o conselho de administração. Contratada pela fundação, a empresa Deloitte Touche Tohmatsu apontou ressalvas nas demonstrações financeiras da fundação. A auditoria será revista.
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O presidente da Bienal chegou a agendar uma entrevista com a Folha para falar sobre a saúde financeira da fundação. Mas, por orientação de seu advogado, o encontro foi cancelado. Em nota, a assessoria disse esperar o fim da auditoria.
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Matarazzo, por sua vez, depende desses números para tomar sua decisão. "Nunca tinha cogitado isso. O que me sensibiliza é o risco de a Bienal terminar", acrescenta ele, que carrega o sobrenome de Ciccillo Matarazzo, fundador da instituição.

Bienal de São Paulo ainda deve pagamento a artistas

fonte: Folha de S.Paulo - por Silas Martí - em 28/02/2009
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Quase três meses após o fim da 28ª Bienal de São Paulo, pelo menos oito dos 41 artistas na mostra ainda não foram pagos por sua participação, ou tiveram apenas parte do cachê depositado. A Fundação Bienal também deixou de pagar fornecedores desses artistas e de bancar custos de produção.
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Segundo apurou a Folha, a instituição deve cerca de R$ 1 milhão em pendências da última Bienal, que teve R$ 9 milhões de orçamento total.
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Procurados pela reportagem, o presidente da Fundação Bienal, Manoel Francisco Pires da Costa, e os responsáveis pelo departamento financeiro não quiseram comentar o assunto. Em e-mail, a assessoria de imprensa da fundação afirmou apenas: "Existem, ainda, alguns pequenos saldos devedores e créditos a receber decorrentes da realização da 28ª Bienal de São Paulo. Estes ajustes estão acontecendo dentro da normalidade".
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Normalmente um artista convidado recebe um cachê pela participação na mostra e tem os custos de produção financiados pela Fundação Bienal, embora o reembolso, como na 27ª edição, possa levar 18 meses.
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"As únicas memórias que tenho da Bienal são problemas", disse o artista colombiano Gabriel Sierra, 33, à Folha. "É como um jogo de gato e rato."
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Sierra passou meses em São Paulo bancado pela Bienal enquanto desenhava o mobiliário usado na exposição, mas até o fechamento desta edição tinha US$ 3.000 a receber dos organizadores do evento.
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"Houve uma quantidade de injustiças que fizeram comigo, mentiram para mim", disse o artista Nicolás Robbio, 34, argentino radicado em São Paulo que tem R$ 5.000 a receber.
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"Eu tive o mesmo problema na última Bienal [em 2006], isso me parece mais um procedimento recorrente do que um problema desta edição", afirma a artista Mabe Bethônico, 43, que organizou um ciclo de palestras para a 28ª Bienal.
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"Tinha um constrangimento da curadoria que me contratou dessa vez porque todo mundo sabia o que eu já havia passado lá dentro", diz Bethônico, que recebeu por sua participação na Bienal de 2006 com um ano e meio de atraso, quando já havia começado o projeto para a edição de 2008 da exposição.
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Mais grave do que não receber, na opinião da artista, é não ter como pagar assistentes e fornecedores. "É uma situação constrangedora para o artista", diz Bethônico. Na mesma situação, Dora Longo Bahia, que recebeu parte do cachê, e sua galerista, Luisa Strina, gastaram cerca de R$ 20 mil para pagar seus oito assistentes.
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"A Bienal ficou de pagar, correr atrás de patrocínio e não fez isso", conta Longo Bahia, 47, que disse também ter autorização para ligar as luzes quando trabalhava à noite.
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Gringos
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Tentando evitar mais estresse, alguns artistas estrangeiros, como o norte-americano Casey Spooner, do duo eletrônico Fischerspooner, o argentino Martiniano López-Crozet e a mexicana Milena Muzquiz, do Los Super Elegantes, foram mais duros na negociação.
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Spooner se recusou a pegar o avião para fazer sua performance no Brasil até que depositassem o cachê na sua conta, enquanto López-Crozet e Muzquiz esperaram mais de três meses para receber, sendo que tiveram o dinheiro depositado só quando ameaçaram falar sobre o caso numa entrevista ao jornal "The New York Times".

Avulsos em série, desenhos de Juliana Garcia ...... CONVITE!!! .... apareçam!!!

exposição de desenhos da artista Juliana Garcia, de 08 de abril a 06 de maio, no dconcept - escritório de arte.



++ sobre o trabalho de Juliana Garcia em www.istonaoeumescritorio.com

Brasil e Senegal se reúnem para planejar III Fesman - Festival Mundial de Artes Negras

Fonte: Informe Palmares
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O III Festival Mundial de Artes Negras (Fesman) foi pauta de reunião entre os ministérios da Cultura de Brasil e Senegal em Brasília, no último dia 22 de janeiro. Marcado para o dia 1º de dezembro, o III Fesman será realizado em Dacar, no Senegal, até o dia 21 do mesmo mês. O Brasil será convidado de honra do evento, que contará com a participação de mais de 80 países.
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Estavam presentes à reunião, o presidente da Fundação Cultural Palmares (FCP), Zulu Araújo e o ministro da Cultura interino, Roberto Nascimento, além do ministro da Cultura senegalês, Mame Birame Diouf. O ministro Juca Ferreira e Zulu Araújo coordenam a comitiva brasileira do III Fesman.
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Na reunião, as delegações definiram o dia 25 de maio como a data de lançamento oficial do evento no Brasil. O lançamento contará com as presenças dos presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e do Senegal, Abdulaye Wade. Além disso, foi definida a data da reunião do Comitê Internacional, nos dias 1º, 2 e 3 de março, com a presença do ministro Juca Ferreira e do presidente da FCP, Zulu Araújo.
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O ministro senegalês ressaltou que a reunião foi muito importante por ter sido realizada em um país escolhido para ser homenageado e com um papel relevante no Festival. "O Brasil tem uma liderança muito grande na América Latina e na Comunidade Negra, por isso esse encontro de hoje é primordial. O povo senegalês espera ansiosamente pelos brasileiros", disse.
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Zulu Araújo, presidente da FCP O presidente da Fundação Palmares declarou que o MinC está cumprindo rigorosamente o cronograma já acordado em outras reuniões. Segundo Zulu Araújo, já foram criados os Comitês MinC e Comitê Nacional para o Fesman, além da primeira disponibilidade financeira, da ordem de R$ 3 milhões. Zulu Araújo relatou ainda a previsão de dois grandes eventos pré-Fesman: o 1° Fórum Nacional de Performance Negra para a Dança e Teatro, a ser realizado em Salvador, com previsão para maio, e o 2° Encontro sobre Renascimento Africano, previsto para acontecer no Rio de Janeiro, em junho.
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O Festival Mundial das Artes Negras é a maior reunião das artes e da cultura negra do mundo. Foi idealizado pelo ex-presidente do Senegal, Léopold Sédar Senghor, na década de 1960, com o tema "Significação da Arte Negra pelo Povo e para o Povo". O segundo foi realizado na Nigéria, em 1977, com o tema "Civilização Negra e Educação". Este ano, vai homenagear o Brasil, com o tema o "Renascimento Africano". A homenagem se deve principalmente ao fato de o Brasil abrigar a segunda maior população negra mundial depois da Nigéria. Mais de 80 países vão participar do III Fesman. Quatro redes de satélites vão percorrer o mundo inteiro mostrando toda a programação, que será transmitida em cinco idiomas: inglês, francês, espanhol, português e árabe.

Cooperação Bilateral - Missão brasileira vai ao Irã em busca de oportunidades para o Audiovisual

fonte: site do Minc
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A Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura realiza missão cultural ao Irã, entre 1º e 4 de fevereiro, com o objetivo de prospectar a indústria audiovisual persa em busca de oportunidades de sinergia com a cadeia produtiva brasileira. O Irã está entre os doze países que mais realizam filmes no mundo, com uma produção média de 70 obras por ano, segundo Alessandra Meleiro, em O Novo Cinema Iraniano: Arte e Intervenção Social.
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” A missão brasileira tem por objetivo identificar possibilidades de cooperação nos âmbitos de co-produção, distribuição, formação, preservação de acervos, plataformas digitais, entre outros. A viagem é uma retribuição à visita que recebemos da missão iraniana em outubro de 2007, quando o então secretário executivo Juca Ferreria assinou um Memorando de Intenções de Cooperação Audiovisual entre ambos os Ministérios da Cultura, para fortalecer a colaboração e o intercâmbio cultural e artístico entre os países”, situa Silvio Da-Rin, secretário do Audiovisual, que faz a viagem acompanhado do gerente internacional da SAv/MinC, Pedro Rosa. A missão vem sendo preparada há cerca de um ano e meio, com apoio do Ministério das Relações Exteriores e da Embaixada Brasileira em Teerã, a capital do país.
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O memorando assinado estabelece, dentre outras atividades, que cada país incentivará a exibição de obras audiovisuais e cinematográficas do outro, realizando semanas de filmes e exibições em seu circuito. Desta forma, quatro grandes festivais brasileiros irão relacionar-se estreitamente com seus pares iranianos para edições especiais de filmes em um e outro país, ao longo de 2009, culminando com uma mostra especial dedicada ao Brasil no Festival Internacional Fajr de Cinema, em 2010.
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A visita brasileira coincide com a 27ª edição do Fajr, um dos mais prestigiados eventos do calendário cultural iraniano, realizado entre os dias 28 de janeiro e 10 de fevereiro, na capital Teerã. O filme brasileiro Crítica participa das seções especiais do Festival, nas quais serão projetados 16 documentários.
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Atualmente, os principais parceiros técnicos audiovisuais do Irã são Índia e Tailândia. A missão analisará a possibilidade de inclusão do Brasil nesse rol, pela capacidade nacional de oferecer serviços de ponta em finalização cinematográfica. Durante a visita ao Brasil, as autoridades iranianas demonstraram interesse pela execução com efeitos especiais.
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Outra linha de prospecção é a crescente produção de documentários, praticamente desconhecidos do público brasileiro. A missão busca também a definição de um “corte islâmico” necessário para países seguidores do Islã, que abrange países como Egito e Líbano, grandes produtores culturais e irradiadores de material audiovisual a todo o Mundo Árabe.
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Estão agendadas uma apresentação dos projetos da SAv/MinC e visitas a estúdios e instalações das autoridades do Ministério da Cultura e Orientação Islâmica. Também estão previstas reuniões com diretores da Fundação Farabi de Cinema, principal órgão de produção e distribuição cinematográfica no país, e com produtores e distribuidores no 12º Mercado Internacional de Filme e Programas do Irã, e encontros com executivos de redes de televisão estatais e internacionais, que têm o hábito de comprar programas estrangeiros.
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Doc brasileiro no Fajr
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O documentário Crítico, que será exibido no Farj, é o primeiro longa-metragem de Kleber Mendonça Filho e estreou em janeiro de 2008, na 11ª Mostra de Cinema de Tiradentes. Na obra, de 75 minutos, cerca de 70 críticos e cineastas, entrevistados no Brasil e no exterior, discutem o cinema a partir do conflito que existe entre o artista e o observador, o criador e o crítico. O filme foi produzido com incentivo do Funcultura do Governo de Pernambuco, com apoio da Faculdade Maurício de Nassau, e é uma produção do CinemaScópio, em co-produção com a Link Digital.