aindaGente, trabalhos de Juliana Garcia ......... CONVITE!!!
entrevista com Sérgio Mamberti - Orçamento é `irreal` para que Funarte cumpra seu papel
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Mamberti deixa a Secretaria de Identidade e da Diversidade Cultural do ministério para assumir o principal órgão responsável pela execução das políticas públicas de incentivo à cultura. A Funarte é responsável pela análise de projetos entregues ao governo que precisam de captação de recursos. A fundação recebe cerca de 2 mil pedidos por mês.
CCSP tem internet sem fio
É o primeiro equipamento da prefeitura a oferecer a rede wi-fi
O Centro Cultural São Paulo amplia seus serviços oferecidos ao público com a implantação da rede sem fio de acesso gratuito à internet nas áreas sociais do CCSP. Assim, a instituição será o primeiro equipamento da Prefeitura a disponibilizar ao público esta tecnologia.
Desenvolvido pela Prodam - empresa de tecnologia da informação e comunicação do município de São Paulo - o projeto teve início em 2006 e foi apresentado ao CCSP em 2007, mas somente em 2008, após uma revisão e atualização, o projeto começou a ser implantado. No final do primeiro semestre foi preparada a infra-estrutura e nos últimos meses foram adquiridos os equipamentos necessários. Além de um equipamento wireless switch e switches para interligação, houve o emprego de materiais como fibra óptica, cordões de fibra óptica, conversores de mídia, eletroduto para tubo de 1”, entre outros.
Foi instalada uma rede interligada com fibra ótica que conta com sete antenas em diferentes pontos do prédio, que funcionarão em caráter experimental nos meses de novembro e dezembro. Com um link de 1 Mb, cerca de 140 usuários poderão ser atendidos simultaneamente, por meio das antenas que cobrirão as áreas das Bibliotecas, Piso Flávio de Carvalho, restaurante e imediações e a área localizada no final da rampa que liga o CCSP ao Metro. Também foram instaladas bancadas com tomadas de energia que ficarão à disposição dos usuários e seus aparelhos.
A rede sem fio do CCSP será gratuita e para acessá-la o usuário deverá cadastrar-se, recebendo uma senha que lhe dará o direito de usar por um período de quatro horas, ao final das quais poderá solicitar mais um período.
O usuário interessado no serviço deverá procurar o departamento de informática do Centro Cultural São Paulo para a realização do cadastro e retirada de uma senha de acesso.
Regras gerais para usuários da rede sem fio do Centro Cultural São Paulo
Para a utilização da rede sem fio o usuário deverá observar algumas regras como, por exemplo, responsabilizar-se pela sua identidade eletrônica e senha. O usuário não poderá mostrar texto ou imagens considerados abusivos, nem acessar sites pornográficos, games on-line; bate papo da internet, sites de relacionamento, ou quaisquer outros portais cujo conteúdo não seja informativo ou educacional, conforme a Lei Municipal nº 14.098, de 08 de dezembro de 2005. Não será permitido utilizar o acesso à internet para invadir a privacidade ou prejudicar outros membros da comunidade virtual e , ainda, violar os sistemas de segurança. É vedada a interferência nos serviços de outros usuários, de modo a causar congestionamento na rede, assim como a disseminação de vírus e worms.
Fica proibido utilizar os serviços computacionais do CCSP para fins comerciais ou políticos e, de forma alguma, intimidar, assediar, aborrecer ou difamar qualquer pessoa por intermédio da web.
O usuário é responsável por seus atos a partir do momento em que realiza o cadastro e responderá por qualquer ação legal apresentada ao CCSP e que o envolva. Caso alguma violação de regra seja identificada, através do sistema de monitoramento, o usuário será bloqueado e notificado pelo e-mail de contato. A penalidade poderá ser da advertência formal à suspensão do acesso por período de 30 dias ou permanente do uso da rede Wi-Fi.
Serviço: Centro Cultural São Paulo. Rua Vergueir, 1.000. Centro - Próximo da estação Vergueiro do metrô. Tel.: 11 3383-3400.
Novo presidente do Masp é réu em processo judicial
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Aos 83 anos, Azevedo substitui o arquiteto Julio Neves, 76, que ocupou a presidência do Masp por 14 anos. Não deve, porém, haver ruptura, segundo associados e conselheiros do museu ouvidos pela Folha sob condição de que seus nomes não fossem citados: o novo dirigente é ligado a Neves.
O Masp tem o mais importante acervo da América Latina, com obras primas de Rafael, Van Gogh, Cézanne, Matisse e Picasso.
O novo presidente do Masp é réu num processo em que o Ministério Público do Estado acusa a diretoria do museu por má gestão e pede o afastamento de seus integrantes. Ele é réu porque foi secretário-geral na gestão em que Neves era presidente. O arquiteto também é réu no processo que corre em segredo de Justiça.
Azevedo não quis comentar a acusação de má gestão do Ministério Público nem o fato de ser réu numa ação judicial.
É dono de uma coleção modesta de arte, cujo destaque é uma tela de Benedito Calixto. De família tradicional, seu interesse é a iconografia de São Paulo no século 19.
Azevedo encabeçou uma chapa única, "Masp na Ativa", inscrita no processo eleitoral. Ele foi eleito para um mandato de dois anos.
De acordo com comunicado oficial do museu, Neves, "em nome dos componentes da diretoria, cujo mandato se encerrou no final de outubro, agradeceu o irrestrito apoio e confiança recebidos dos associados, dirigentes, funcionários e colaboradores do Masp, durante todo o período de 14 anos no qual exerceu o honroso cargo de presidente de sua diretoria."
Após a eleição, ele respondeu por escrito às questões da Folha. Sobre a dívida de R$ 13 milhões com a Vivo, que está sendo cobrada na Justiça, disse: "Estamos em conversações com a Vivo e com a prefeitura para em breve iniciarmos as obras do novo edifício que abrigará a escola e as atividades administrativas do Masp".
O edifício na avenida Paulista projetado por Lina Bo Bardi, que abriga o museu, pertence à prefeitura e foi cedido em comodato a associação privada que dirige o Masp, com prazo que expirou em outubro.
O novo presidente não vê riscos de o museu perder o prédio -a prefeitura já fez, veladamente, essa ameaça: "A relação com a prefeitura é excelente, contamos inclusive com seu apoio financeiro. Acreditamos na continuidade dessa relação. O prédio do Masp está nas mais adequadas condições de funcionamento."
A nova diretoria, que tem mandato até 3 de novembro de 2010, tem como vice-presidente a também colecionadora Beatriz Pimenta Camargo.
Eleição no Masp deve escolher novo presidente hoje
Depois de 14 anos sob o comando do arquiteto Julio Neves, o Masp (Museu de Arte de São Paulo) pode conhecer nesta segunda-feira um novo presidente. Neves afirma que não vai se candidatar para um novo mandato.
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O pleito que deve escolher o novo presidente do Masp é o mais aguardado dos últimos anos. Ele vem na esteira do furto de duas obras do museu no ano passado e de diversas acusações de má gestão nos últimos anos.
Segundo a assessoria do museu, o Masp tem uma dívida de pouco mais de R$ 5 milhões, o que motivou a Justiça a determinar em setembro passado que fosse feita uma auditoria nas contas do Masp.
Ainda segundo a assessoria, a dívida foi renegociada até 2010 "com pagamentos rigorosamente em dia. Não há qualquer atraso ou pendência no cumprimento das obrigações trabalhistas, fiscais e sociais".
A atual administração também foi posta em xeque depois que duas obras foram roubadas do Masp no dia 20 de dezembro do ano passado. Em uma ação que durou três minutos, criminosos levaram "Retrato de Suzane Bloch", de Pablo Picasso, e "O Lavrador de Café", de Cândido Portinari.
Até então, o museu não tinha alarme, sensor ou seguro para as obras. Após a ocorrência, o Masp reforçou a segurança do prédio. Depois de sete dias de investigação, a Polícia Civil chegou aos quadros que estavam em uma casa em Ferraz de Vasconcelos (Grande São Paulo).
As eleições
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A escolha será feita pelos 70 associados do Masp. O museu espera divulgar o resultado na noite desta segunda-feira.
O favorito para levar a disputa é o presidente do Banco Votorantim, José Ermírio de Moraes Neto, segundo afirma a coluna de Mônica Bergamo na Folha de hoje (só para assinantes).
Mas há dúvidas de que o atual presidente não se candidate novamente, já que ele prometeu o mesmo em eleições anteriores. Ele chegou ao posto em 1994 e venceu as últimas seis eleições, que acontecem de dois em dois anos.
Sérgio Mamberti é novo presidente da Funarte
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Frateschi renunciou à presidência --que ocupava desde o início do segundo mandato de Lula, em 2007-- dois dias depois de o jornal "O Globo" publicar reportagem sobre suposto favorecimento seu à Ágora, companhia de teatro que fundou e cuja coordenação está a cargo de sua mulher, a cenógrafa Sylvia Moreira, e do diretor Roberto Lage.
Para assumir a Funarte, Mamberti deixa a secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural. Ainda não foi escolhido substituto para o órgão.
Ao tomar posse, Mamberti reiterou a defesa da ampliação de recursos para área cultural e a desburocratização. "É preciso ampliar o orçamento, de tal forma que se permita institucionalização do fomento", afirmou ele. "[Para que o setor] saia da situação de pires na mão."
Juca Ferreira concordou com Mamberti lembrando ainda que é aguardada a aprovação de projeto de lei, em tramitação no Congresso, que determina a ampliação para contratação no MinC e concursos públicos.
Segundo o ministro, será elaborado também decreto determinando ações que visam o fim das burocracias na área cultural, mas não adiantou quais.
Mamberti tem 69 anos e nasceu em Santos. Formado pela Escola de Artes Dramáticas de SP, ele já fez parte de mais 70 espetáculos teatrais, 38 filmes e 26 novelas.
Antes da Funarte, o ator ocupou duas secretarias no MinC --durante o governo Lula--, a de Artes Cênicas e Música, além da Identidade e da Diversidade Cultural.
Em várias ocasiões, ele ocupou o ministério da Cultura, em substituição a Gilberto Gil.
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Bienal Do Vazio
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A falta de recursos para montar uma mega-exposição, a idéia de discutir o excesso de bienais no mundo – 213, segundo o curador – e a proposta de avaliar o próprio papel da Bienal de São Paulo levaram os organizadores da 28ª edição a propor que todo o segundo andar do prédio da instituição ficasse vazio durante a mostra.
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Zulu Araújo assume a Funarte e promete diálogo com servidores
por MIGUEL ARCANJO PRADO
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Presidente da Fundação Cultural Palmares, Zulu Araújo assume a Funarte interinamente. O novo presidente esteve nesta quinta na sede do órgão federal no Rio e conversou com os funcionários, para se inteirar da atual situação da Funarte.
Em entrevista à Folha Online, por telefone, Araújo disse que quer reestabelecer o diálogo com servidores do órgão. "Minha mensagem para os funcionários da Funarte é que vou reestabelecer o diálogo com todos os setores: dirigentes, técnicos e servidores, além da representação dos servidores."
Araújo ocupa a vaga deixada por Celso Frateschi, que renunciou ao cargo após a denúncia feita pelo jornal "O Globo" de que ele teria favorecido a companhia teatral Ágora, grupo do qual foi fundador e que é dirigido por sua mulher, a cenógrafa Sylvia Moreira, e pelo diretor Roberto Lage.
Funcionários da Funarte comemoraram a saída de Frateschi com festa
"Do mesmo modo que o ministro da Cultura Juca Ferreira disse quando ocupou a vaga deixada pelo ministro Gilberto Gil, eu pretendo ouvir, ouvir e ouvir", declarou Araújo.
"Os funcionários me procuraram hoje para se colocar à disposição. Todos me receberam muito bem. Quero fazer uma direção colegiada, como faço na Fundação Cultural Palmares, com a participação de todos, sem abrir mão de minhas responsabilidades."
Araújo afirmou que ficará à frente da Funarte "enquanto for necessário" e previu sua permanência no órgão por cerca de 30 dias, "até o ministro [Juca Ferreira] escolher um titular que contemple todas as propostas da administração do MinC e tenha legitimidade junto à classe artística". Ele disse que não acredita que será esse nome. "Estou muito bem na presidência da Palmares e ainda tenho uma missão a cumprir lá", declarou.
A assessoria da Fundação Cultural Palmares informou à Folha Online que, por enquanto, Araújo não deixa o órgão e acumula as duas funções.
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Baiano formado em arquitetura pela Universidade Federal da Bahia, Edvaldo Mendes Araújo, conhecido por Zulu Araújo, tem 55 anos e acumulou experiência na gestão de programas culturais voltados aos negros.
Entre outros cargos, foi conselheiro do Olodum e assessor especial da Secretaria de Cultura da Bahia. Ele foi responsável pelas atividades de comemoração dos 300 anos de Zumbi, em 1995. Ele assumiu a presidência da Fundação Cultural Palmares em março de 2007, órgão do qual já fazia parte da diretoria desde 2003.
Carta de Renúncia de Celso Frateschi
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Digo não!
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Aceitei assumir a presidência da Funarte por acreditar na possibilidade de contribuir na construção de políticas públicas para a área cultural. Não vim para essa missão participar de brigas intestinas, pois acredito que o país espera e precisa de respostas concretas para estimular o nosso desenvolvimento cultural. Digo isso tendo como foco muito mais o conjunto de nossos cidadãos do que a nossa comunidade artística. Portanto, o movimento articulado de alguns funcionários e de alguns setores do Ministério da Cultura para desestabilizar minha gestão na presidência da Funarte não encontrará nenhuma resistência de minha parte.
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Fui convocado pelo ex-ministro Gilberto Gil para colaborar com o governo Lula, o que muito me honra e enobrece. Já havia sido secretário de cultura duas vezes em Santo André, junto com Celso Daniel, e em São Paulo, com Marta Suplicy. Experiências das quais tenho muito orgulho de ter participado.
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Sou um artista e vim para a Funarte com o mesmo propósito de me envolver num projeto coletivo de construção de políticas de cultura que rompesse, da mesma forma que o governo Lula rompeu, com os limites sociais e regionais de atenção e atendimento governamental. Durante esse ano e meio de trabalho, procuramos mudar alguns conceitos apontados e acordados com o ministério:
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1) Descentralizar as atividades da Funarte, deixando de lado a sua característica histórica de um “cariocacentrismo” radical. O antigo Secretário da Cultura Aloysio Magalhães dizia que a Funarte era um grande transatlântico encalhado na Rua Araújo de Porto Alegre. Deram-me a tarefa de pensar as atividades da instituição em escala nacional, como deve ser, e fazer zarpar o “transatlântico encalhado” por muitas décadas.
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2) Institucionalizar nossos programas, tirando-os da fragilidade dos mecanismos esquizofrênicos da Lei Rouanet.
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3) Reinventar institucionalmente a Funarte.
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4) Responder aos desafios colocados por nossa produção artística nacional, dentro de conceitos definidos pela gestão Gilberto Gil.
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5) Implantar políticas estruturantes em nível nacional para todas as áreas artísticas. Avançamos muito, apesar da conjuntura às vezes adversa, tanto no Ministério da Cultura quanto na própria Funarte. No Ministério, vivemos um tempo bastante comprometido pela greve, e depois enfrentamos a troca do ministro. Já na Funarte, além da conjuntura, temos problemas estruturais como o seu desenho administrativo extremamente presidencialista, o histórico da instituição truncado pelo governo Collor e desde então comprometida em sua missão institucional. O “transatlântico” encalhado “que Aloysio Magalhães definia, em razão do longo tempo empacado no Rio de Janeiro, deteriorou talvez definitivamente, com o abandono e fragilidade da quase totalidade de seus “marinheiros”. Como num navio fantasma, parte de sua tripulação, também quase fantasma, vive de assombrar o novo e de expulsá-lo de seus domínios. A carcaça carcomida dessa embarcação serviu durante muitos anos de alimento aos ratos da burocracia e do corporativismo. Gordos, esperam a sua aposentadoria. Que tenham um bom apetite.
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Neste final de semana, fui alvo de dois ataques destes piratas do caribe. Primeiro uma carta da ASSERTE (Associação dos Servidores da Funarte), que terá em seguida uma resposta detalhada para recuperar a verdade e defender aqueles inúmeros funcionários da Funarte que tentam heroicamente desencalhar essa instituição. Funcionários esses que são “representados” por uma associação que os ataca no que eles têm de mais sagrado, que é a missão de servir ao público.
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O outro ataque veio pelo jornal O Globo e utilizou um repórter muito bem formado na arte de dizer meias verdades, de iludir o entrevistado, de se negar a estudar documentos que venham desmontar a sua tese mentirosa.
Que se sustenta em apenas partes de uma documentação editada e conseguida criminosamente. Que entrevista para um tema e usa as respostas para outro. Ou seja, um pequeno aprendiz de Goebles, que acredita que a mentira soberana passa por verdade. Esse jornalista sequer iria me entrevistar. E só o fez de “mentirinha”, pois, pelo que tudo indica, a matéria já estava editada na véspera de nosso contato. O repórter se negou totalmente a consultar os documentos que revelam de forma cabal as mentiras de sua matéria e mostram a regularidade dos trâmites legais dos processos dentro da Funarte. Também não levou em consideração as informações prestadas pela Petrobrás que atestavam o interesse da estatal pelo projeto desde agosto de 2007, uma vez que se tratava de um projeto de continuidade. O repórter mistura, de forma deliberada, os procedimentos para confundir o leitor e passar a idéia de irregularidade. Soma, apenas quando lhe interessa, de forma capciosa, os tempos de tramitação dos processos dentro da Funarte com os tempos em outras instâncias do Ministério.
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A verdade é que a Funarte regularizou o trâmite dos processos da Lei Rouanet. Atualmente o processo leva no máximo 21 dias para ser analisado pela Funarte e isso fere toda uma indústria de atravessadores que “facilitavam” as aprovações que eram de seu interesse. Uma legião de lobistas perdeu o emprego e isso os perturba. A profissão dos que “acompanhavam” os processos não tem mais nenhuma necessidade de existir. E isso aconteceu porque mexemos num nicho que resistia desde a implantação da Lei Rouanet, que era o setor de análise dos Pronac. Ampliamos o número de pareceristas, treinamos e dinamizamos a gestão, e hoje não existem mais dificuldades, fazendo com que as “facilitações” percam o sentido de existir. Isso também perturba.
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Procurei, durante todo esse período, cumprir com a missão que me foi confiada. Mas não tenho mais instrumentos, nem meios, nem vontade de tentar seguir nessa viagem estagnada, nessa cidade maravilhosa onde o olhar para o nosso país parece limitar-se aos braços do Cristo Redentor. Declino da presidência da Funarte, evidentemente não pela matéria de O Globo, pois na minha longa vida pública, já enfrentei outros processos difamatórios que se mostraram vazios como esse que está em curso. Saio porque se caracterizou uma articulação espúria que eu não tenho o menor interesse de enfrentar. Aceitei essa presidência para trabalhar positivamente e avançar na implantação de mecanismos republicanos de fomento e financiamento. Para federalizar as nossas ações e trabalhar com o conjunto dos entes federativos na construção do Sistema Nacional de Cultura. Para ajudar implantar o Programa Mais Cultura que é realmente o que interessa e não para perder o meu tempo em querelas de vaidades pessoais.
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Agradeço carinhosamente aos inúmeros funcionários da Funarte que se empenharam nessa nossa missão e espero que sobrevivam a essa legião de gasparzinhos que habitam o belo e vistoso Palácio Capanema.
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No meu primeiro dia de trabalho na Funarte, durante o almoço com Pedro Braz e Sergio Sá Leitão, fui abordado pelo jornalista Ancelmo Gois também do Jornal O Globo. A sua única pergunta foi se eu seria o paulista que teria vindo tomar a Funarte. Surpreso com a grosseria, demorei dois segundos para responder, o que foi suficiente para ele emendar: “Pois fique sabendo que, para mim, paulista bom é paulista morto”. Virou as costas e foi embora. Felizmente o Rio de Janeiro não se traduz no preconceito dessa figura.
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Que esses descansem em paz!
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Toda a minha formação tem como ponto de referência o Teatro. Foi pelo teatro que entrei em contato com grandes mestres da humanidade. Foi pelo teatro que fui preso ainda menor de idade pela ditadura. Estudando grandes textos entendi a dialética da grandeza e da pequenez da alma humana. Foi o teatro que me levou às minhas experiências exitosas em Santo André e São Paulo. E finalmente, é o teatro que me clarividencia situações nebulosas como essa, não pelo discurso, mas pelo ato.
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Eu resolvi agir sim!
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Celso Frateschi
Manifesto dos Servidores da Funarte enviado ao Ministério da Cultura
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Os servidores da Funarte, por deliberação da Assembléia Geralrealizada em 23 de setembro de 2008, vêm, por intermédio de sua Associação, relatar a V. S. questões relativas à situação caótica que essa Fundação atravessa.
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Tal autoritarismo se reflete também na brutal centralização das decisões, das mais simples às mais complexas, e na rigidez hierárquica. Não há diálogo ou discussão com o corpo técnico a respeito dos programas e ações da instituição. Ao contrário, o que existe é uma total desconsideração das sugestões e análises apresentadas.
Os diretores e coordenadores também não possuem nenhuma autonomia para desenvolver suas atividades. Os conflitos são tão grandes que mais de 20 servidores já foram exonerados de cargos comissionados porincompatibilidades várias com a Direção da Casa. Alguns permanecem com sua situação profissional indefinida, visto que ainda não foram redistribuídos, removidos ou devidamente aproveitados nos setoresonde estão lotados. Aliás, esta situação não afeta somente os funcionários exonerados.
Vários grupos de artistas e produtores culturais também têm demonstrado sua insatisfação por não conseguir estabelecer diálogo com a Direção do órgão, muito menos participar da elaboração de políticas e programas para os segmentos em que atuam.
Sem interlocução com funcionários, artistas e com a sociedade, o Presidente e o Diretor Executivo levam a Funarte a uma atuação pífia, muito aquém de suas potencialidades. Constatamos que a Instituição não vem desempenhando a contento as funções para as quais foi criada.
Em vez de “formular, promover e fomentar programas, projetos e atividades voltadas para as suas áreas de atuação” (conforme estabelece seu Estatuto), a Funarte está praticamente reduzida à condição de mera repassadora de verbas, tentando conceder prêmios e bolsas por meio de editais mal elaborados.
Em relação às atuais diretrizes, destacamos os seguintes equívocos:
1. Extinção ou descaracterização de programas e projetos bem sucedidos, tais como: Conexão de Artes Visuais, Prêmio Projéteis de Arte Contemporânea, Arte Sem Barreiras, Câmaras Setoriais, sem esquecer o caso emblemático do Projeto Pixinguinha;
2. Concepção deformada da idéia de ação nacional, substituída por uma “estadualização” na qual a Funarte desempenha o papel que cabe às Secretarias Estaduais e, mesmo, Municipais de Cultura. As Secretarias, por sua vez, acabam sendo ignoradas neste novo formato de atuação, afastadas da participação em projetos que antes contavam com a sua parceria, como o Programa Nacional Bandas de Música e o Projeto Pixinguinha;
3. Desarticulação de uma política de circulação nacional de artistas e técnicos, ainda em função da referida “estadualização”;
4. Ausência de uma política coerente de ocupação dos espaços culturais da Fundação. Ao mesmo tempo em que teatros e salas encontram-se fechados, alguns em estado precário, a Funarte prepara-se para comprar e reformar novo teatro em São Paulo.
Especificamente em relação ao Pronac/Funarte, denunciamos o estrangulamento de suas atividades no período de março de 2007 a fevereiro de 2008, quando sete dos 11 pareceristas ad hoc do setor não foram recontratados por obstrução da Direção da Funarte. Em conseqüência, houve atraso na análise de mais de 2.000 projetos da Lei Rouanet, levando o caos à produção cultural no país. É improcedente a alegação de que o acúmulo de projetos por analisar tenha sido causado pela greve dos servidores em 2007.
Recentemente, o Ministério da Cultura ofereceu, no Rio de Janeiro, um curso para formação de pareceristas da Lei Rouanet, destinado a servidores de suas várias instituições. A Direção Executiva da Funarte sonegou a informação acerca da existência do curso, contrariando diretriz do próprio Ministério e comprometendo oaperfeiçoamento de seu corpo funcional. Não só deixou de indicar servidores, como impediu, verbalmente, essa participação. Aliás, essa é uma tática bastante usada por essa autoridade: dar ordens verbais, sem assinar documentos, comprometendo o princípio da transparência na Administração Pública.
Com relação aos Editais lançados a partir de agosto, cabe dizer que são confusos, mal redigidos, contêm exigências absurdas e vários equívocos, além de cláusulas cuja legalidade pode ser questionada, pois ferem princípios da Lei 8.666. Até mesmo os técnicos e demais funcionários têm dificuldade de compreendê-los para dar conta das inúmeras dúvidas e reclamações pertinentes que chegam diariamente à Funarte.
Diante desse quadro, manifestamos nosso total repúdio à calamitosa gestão Celso Frateschi/Pedro Braz e esperamos sinceramente a solução deste grave problema, com a implantação de uma gestão participativa e democrática na Funarte, de acordo com os princípios que orientam este Ministério.
Queira aceitar, Senhor Ministro, a saudação dos servidores da Funarte.
Decreto sobre acordo ortográfico
Entre as mudanças estão fim do trema e novas regras para o hífen. A novidade chegará aos livros didáticos em 2010.
Do G1, em São Paulo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assina nesta segunda-feira (29) o decreto com o cronograma de implantação do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa no país. A assinatura será às 15h, no prédio da Academia Brasileira de Letras, no Rio de Janeiro, durante sessão solene de celebração dos 100 anos da morte de Machado de Assis. As informações são da Agência Brasil.
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Entre as mudanças estão o fim do trema, novas regras para o emprego do hífen, inclusão das letras w, k e y no idioma, além de novas regras de acentuação.
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No Brasil, o acordo entrará em vigor em janeiro de 2009 e sua implantação será feita de forma gradual, de modo que as novas normas chegarão aos livros escolares em 2010 e serão obrigatórias a partir de 2012.
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Assim, a regra atual valerá para vestibulares e concursos públicos até dezembro de 2012.
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A expectativa é de que a reforma ortográfica – assinada em 1990 e ratificada pelo Brasil em 1995 – amplie a cooperação internacional entre os países de língua portuguesa ao estabelecer uma grafia oficial única do idioma.
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A medida também deve facilitar o processo de intercâmbio cultural e científico entre Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste, Brasil e Portugal, além de ampliar a divulgação do idioma e da literatura.
MinC vai promover intercâmbio entre Brasil e Benin
Educação deverá ter R$ 10 bilhões a mais no próximo orçamento
Indicadores da Exclusão Cultural
tópico da apresentação do PROGRAMA MAIS CULTURA, do Ministério da Cultura, lançado em novembro de 2007.
· Apenas 13% dos brasileiros freqüentam cinema alguma vez por ano;
· 92% dos brasileiros nunca freqüentaram museus;
· 93,4% dos brasileiros jamais freqüentaram alguma exposição de arte;
· 78% dos brasileiros nunca assistiram a espetáculo de dança, embora 28,8% saiam para dançar;
· Mais de 90% dos municípios não possuem salas de cinema, teatro, museus e espaços culturais multiuso;
· O brasileiro lê em média 1,8 livros per capita/ano (contra 2,4 na Colômbia e 7 na França, por exemplo);
· 73% dos livros estão concentrados nas mãos de apenas 16% da população;
· O preço médio do livro de leitura corrente é de R$ 25,00, elevadíssimo quando se compara com a renda do brasileiro nas classes C/D/E;
· Dos cerca de 600 municípios brasileiros que nunca receberam uma biblioteca, 405 ficam no Nordeste, e apenas dois no Sudeste;
· 82% dos brasileiros não possuem computador em casa, destes, e 70% não tem qualquer acesso a internet (nem no trabalho, nem na escola);
· 56,7 % da população ocupada na área de cultura não têm carteira assinada ou trabalha por conta própria;
· A média brasileira de despesa mensal com cultura por família é de 4,4% do total de rendimentos, acima da educação (3,5%), não variando em razão da classe social, ocupando a 6ª posição dos gastos mensais da família brasileira.
maiores informações sobre o Programa Mais Cultura:
http://www.cultura.gov.br/site/2008/09/04/mais-cultura-para-o-brasil-e-o-povo-brasileiro-5/
Entrevista - Juca Ferreira participa do programa 'Bom Dia Ministro' e fala sobre as principais ações do MinC
O ministro ressaltou, ainda, que boa parte dos recursos do programa serão disponibilizados em parceria com os governos estaduais. “O Mais Cultura já está mapeando as áreas em que vamos trabalhar. Pretendemos dar acesso ao livro, instalar algumas bibliotecas e centros culturais de multiuso nas áreas populares e aumentar o número de Pontos de Cultura em todo o país”, informou.
“Todo brasileiro é igual e tem direitos iguais. A Cultura é um direito, é uma necessidade de todo o brasileiro e o Estado tem obrigação de disponibilizar de maneira igualitária a todos”, finalizou a entrevista, o ministro da Cultura, Juca Ferreira.
Projeto vai restaurar 30 monumentos de São Paulo
Iphan quer transformar bairro em patrimônio cultural
Grafia deve ser padronizada em 8 países
Fonte: MEC - por Ana Guimarães
DISTRITO FEDERAL, Brasília - As normas estabelecidas pelo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa entrarão em vigor, no Brasil, no próximo ano. Para estabelecer as regras do período de transição para a nova grafia, previsto para durar três anos, será assinado um decreto. Os ministérios da Educação, da Cultura e das Relações Exteriores irão fixar orientações para que a sociedade se adapte às mudanças previstas pelo novo acordo. Está aberta uma consulta pública para que os interessados encaminhem dúvidas ou sugestões sobre o processo de transição da norma ortográfica atual para a nova. O contato com o Ministério da Educação pode ser feito até o dia 1º de setembro pelo endereço eletrônico acordoortografico@mec.gov.br. As sugestões encaminhadas ao MEC podem ser incorporadas ao decreto que regulamentará o período de transição.
O acordo é considerado um marco de unificação entre os países de língua portuguesa - Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Timor Leste, Brasil e Portugal.
Itaú Cultural divulga os selecionados no Programa Artes Visuais 2008/2009
O Itaú Cultural encerrou o processo de seleção dos trabalhos da quarta edição do Rumos Artes Visuais 2008/2009. Do total de 1617 inscritos, oriundos de todos os estados brasileiros, foram selecionados 45 artistas, ou coletivos, como previsto no edital lançado pela instituição em março. Eles representam 11 estados e cobrem todas as regiões do país. Segundo a curadoria, registra-se uma forte presença de trabalhos de alta qualidade em fotografia e também em vídeos – neste caso, quase sempre apresentados como uma instalação. Já a pintura, aparece como uma questão contemporânea em diversos artistas. No conjunto, a tendência é representar o Brasil urbano, muito mais do que rural.
“O que predomina é uma arte eminentemente urbana com raros diálogos com o meio rural ou, mais simplesmente, com a natureza”, observa Paulo Sérgio Duarte, coordenador geral da equipe de curadores que foi a campo pelo país e compôs a comissão de seleção. O Brasil rural, de acordo com ele, é eclipsado nestes projetos por outro, urbano, moderno, complexo e contraditório.
Na análise do curador-coordenador, o artista cidadão – aquele que habita a cidade – apresenta poéticas muito individualizadas que, mesmo quando dialoga com o entorno imediato, sempre procura evitar aproximações fáceis e diluídas. Segundo observa, mesmo a pintura aparece em diversos artistas como uma questão contemporânea. “A diversidade, o caráter plural da arte contemporânea, e seu caráter exploratório de novos territórios de produção de sentido, mais que apenas experimental, é o que me parece ser a tendência predominante: a cidade e não mais o ateliê parece ser o grande laboratório desses artistas.”
Recorde de inscrições e abrangência nacional
O número de projetos inscritos nesta edição – 1617 – bateu recorde em relação às anteriores. A primeira (1999/2000) recebeu 1.576 portfólios. Na edição seguinte (2001/2003), o programa recebeu 1.495 inscrições; e 1342 na terceira edição (2005/2006).
Dos 45 trabalhos selecionados neste ano, 26 respondem pela região sudeste (16 de São Paulo, sete do Rio de Janeiro e três de Minas Gerais); sete são do sul (três do Rio Grande do Sul, dois de Santa Catarina e dois do Paraná). Da região norte foram selecionados cinco trabalhos, todos do Pará. Do nordeste foram mais cinco: três de Pernambuco e dois do Ceará. Mais dois trabalhos (um do Distrito Federal, outro de Goiás) vieram do Centro-Oeste.
Os trabalhos contemplados serão exibidos integralmente em São Paulo e no Rio de Janeiro, em 2009 – e em mais quatro cidades (a definir), com diferentes recortes curatoriais para cada uma. Serão divulgados, ainda, em catálogo geral analítico, a ser publicado no final do processo, e no site do Itaú Cultural. A premiação inclui quatro bolsas-ateliê no Brasil e no exterior para artistas que se destacarem durante o programa, com valor a ser definido.
O programa
A proposta do Rumos Itaú Cultural Artes Visuais é garimpar o melhor da produção contemporânea em todo o Brasil. Com base na realidade de cada região, o programa tem o objetivo de mapear, diagnosticar e fomentar a produção visual, detectando suas direções e apresentando os resultados em exposições e em um catálogo geral analítico.
O Rumos deste ano reuniu a experiência acumulada nas edições anteriores, contando com uma comissão curatorial maior, sob a coordenação do curador carioca Paulo Sérgio Duarte. Quatro outros curadores foram responsáveis por regiões diferentes daquelas onde estão acostumados a atuar e contaram com o apoio de dois assistentes curatoriais locais, que ajudaram na pesquisa e na pré-seleção dos projetos. Alexandre Sequeira (PA) cuidou das regiões Sul e algumas cidades do Sudeste; Christine Mello (SP) foi para as regiões Norte e Nordeste; Marília Panitz (DF), foi responsável por parte do Nordeste e algumas cidades do Sudeste; e Paulo Reis (PR) seguiu para a região Centro-Oeste e parte do Sudeste.
Entre março e maio deste ano, a equipe curatorial fez, ainda, palestras e debates, com mediação do crítico e pesquisador Guy Amado em 19 cidades. O grupo discutiu com o público temas relacionados à arte contemporânea, como indústria cultural, consumo, globalização, mercado e produção, formação do artista, espaços de exibição, história da arte, entre outros.
Niemeyer oferece à América Latina a universidade de seus sonhos
Rio de Janeiro, 8 ago (EFE).- O arquiteto Oscar Niemeyer, ainda ativo mesmo com seus 100 anos, se inspirou na "universidade de seus sonhos" para realizar o projeto da futura Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila).
Considerado um "gênio das curvas de concreto armado" e precursor da arquitetura moderna, ele foi o criador dos palácios e edificações que fizeram com que Brasília recebesse, merecidamente, o status de Patrimônio da Humanidade.
Niemeyer entregou esta semana os projetos do campus da universidade que o Brasil planeja construir em sua tríplice fronteira com a Argentina e o Paraguai, para promover a integração educacional na América Latina.
O projeto arquitetônico com seis edificações em uma área de 40 hectares se inspirou, segundo reconhece o centenário arquiteto, na Universidade de Constantine (Argélia, 1969), uma de suas mais famosas obras mundiais, que inclui entre suas favoritas e que sempre considerou como a "universidade de seus sonhos".
"O desenho da Universidade Latino-Americana tem o mesmo espírito da Universidade de Constantine. Foi planejado pensando em aumentar o contato dos estudantes com o campus, com a instituição e com a academia", disse em declarações à Agência Efe Niemeyer.
"Quando nos encomendaram a Universidade de Constantine, viajei com vários especialistas e educadores à Argélia para estudar como podíamos construir uma universidade mais simples, mais lógica e que tivesse melhor relação com os alunos. Foi com base nesses estudos e em Constantine que projetamos a Unila", acrescentou o arquiteto.
A Unila é um projeto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para promover uma maior aproximação regional.
A iniciativa prevê a construção de um centro de educação superior para aproximadamente 10 mil estudantes, a metade composta por brasileiros e a outra de outros países latino-americanos, e que oferecerá cursos de graduação e pós-graduação nas áreas de ciências e humanidades, tanto em espanhol como em português.
O respectivo projeto de lei foi apresentado por Lula ao Congresso em dezembro passado, já foi aprovado por uma comissão da Câmara dos Deputados e conta com o respaldo de todos os partidos.
O projeto prevê a contratação de cerca de 500 professores com mestrado e doutorado, tanto brasileiros quanto de países vizinhos; terá ênfase em áreas que possam impulsionar a integração regional e, por ser pública, oferecerá educação gratuita.
A universidade será construída em um terreno já cedido por Itaipu, a maior hidroelétrica em operação no mundo e que é compartilhada com o Paraguai e a Argentina, em Foz do Iguaçu, fronteiriça com a cidade paraguaia de Ciudad del Este e com a argentina Puerto Iguazú.
"Trata-se de uma iniciativa muito importante, por oferecer educação a alunos de toda a América Latina e promover a integração", afirmou Niemeyer à Efe.
A animação do arquiteto com a iniciativa é tamanha que o levou a apresentar um projeto arquitetônico muito mais amplo que as duas edificações que inicialmente tinha se comprometido a desenhar, e que alojariam apenas a biblioteca e a reitoria.
O projeto apresentado é um plano arquitetônico integrado para todo o campus com seis edificações principais que contaram também com anfiteatro e restaurante.
As duas outras edificações propostas estão destinadas às salas de aula e aos laboratórios.
Niemeyer definiu sua proposta como seu "grande presente" não só ao Brasil, mas a toda a América Latina.
A construção do campus universitário ainda depende da aprovação do projeto pelo Ministério da Educação, e da autorização do Congresso.
Mas o presidente da Comissão de Implantação da universidade, Hélgio Trindade, acredita que a mesma possa começar a funcionar no segundo semestre do próximo ano.