aindaGente, trabalhos de Juliana Garcia ......... CONVITE!!!

de 05 de dezembro a 18 de janeiro, exposição aindaGente, trabalhos de Juliana Garcia, com curadoria de Ana Vacchiano, na Caixa Cultural da Sé.

de 13 a 16 de janeiro, oficina voltada para educadores, com a artista.

Apareça!!!
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++ sobre o trabalho da artista Juliana Garcia em  www.istonaoeumescritorio.com

entrevista com Sérgio Mamberti - Orçamento é `irreal` para que Funarte cumpra seu papel

Fonte: Agência Brasil - Amanda Cieglinski - em 16/11/1008
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DISTRITO FEDERAL, Brasília - Sergio Mamberti, indicado para a presidência da Funarte, fala na abertura do encontro nacional dos Pontos de Cultura, Teia Brasília 2008, no Teatro Nacional.
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Na próxima segunda-feira (17), o ator e militante histórico da área cultural Sérgio Mamberti assume oficialmente a presidência da Fundação Nacional de Artes (Funarte), vinculada ao Ministério da Cultura, depois de uma saída conturbada do também ator Celso Frateschi, que ocupou o cargo até outubro.
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Mamberti deixa a Secretaria de Identidade e da Diversidade Cultural do ministério para assumir o principal órgão responsável pela execução das políticas públicas de incentivo à cultura. A Funarte é responsável pela análise de projetos entregues ao governo que precisam de captação de recursos. A fundação recebe cerca de 2 mil pedidos por mês.
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Em entrevista exclusiva à Agência Brasil, Mamberti diz que está animado com o desafio e espera poder contribuir para o processo de revitalização da entidade. Na década de 90, a fundação sofreu com desmonte das instituições culturais promovidas pelo governo Collor. Mamberti afirma que pretende dar uma “outra cara” à Funarte, “à altura de sua tradição, mas com visão de futuro”.
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Agência Brasil: O ministro da Cultura, Juca Ferreira, falou recentemente da necessidade de se reformular a Funarte. O senhor acha que esse será o principal desafio da sua gestão?
Sérgio Mamberti: Eu acredito que sim. O presidente Antônio Graça, quando assumiu em 2003, já tinha a preocupação de revitalização e reestruturação da Funarte. Ele tomou uma série de medidas efetivas e outras simbólicas, como a recuperação do Projeto Pixinguinha. De uma certa maneira, ele reconstituiu a presença da Funarte no Ministério da Cultura. Depois ele saiu, veio o Celso [Frateschi], cuja gestão teve alguns impasses, mas ele também foi importante. Sempre pode acontecer de ter uma incompatibilidade de visões e acho que essa questão nem vem ao caso, porque no momento a crise já foi superada. Eu venho aqui um pouco como continuador de um trabalho.
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ABr: Quais são suas expectativas e planos para a Funarte?
Mamberti: Eu fico muito feliz de poder dar essa contribuição. Tenho uma longa militância e espero contribuir. Acredito que trabalhando colegiadamente vamos sair um pouco dessa estrutura um pouco piramidal da Funarte. Por meio dos diretores de cada uma das áreas e de um conselho que queremos estabelecer nos moldes do que existe no Iphan [Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional], vamos estabelecer uma participação efetiva da comunidade cultural. Isso vai me deixar mais confortável na minha missão. Não vou me sentir tão quixotesco. De qualquer maneira, eu fico preocupado, mas acho que consegui resultados muito bons na Secretaria de Identidade e da Diversidade Cultural e o ministério está em um momento muito bom. Não digo que em dois anos vamos mudar a Funarte, seria uma pretensão da minha parte, mas vamos fazer mudanças importantes e construir um processo que leva a Funarte para frente.
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ABr: Hoje a Funarte só tem representação em Brasília, São Paulo, Minas Gerais e Pernambuco. Há planos para expandir essa atuação?
Mamberti: Sim, nós temos que aumentar a representação da Funarte no Brasil, ela precisa ser bem maior. Outro ponto importante é que a gente quer que a representação nacional se consolide. Estamos trazendo o corpo administrativo para a sede [em Brasília], como o estatuto prevê. O Iphan funciona assim, o seu corpo funcional fica lá no Rio de Janeiro e a administração em Brasília. Na minha gestão, eu quero contar, em primeiro lugar, com os funcionários. Eu saí de uma secretaria de 30 pessoas para uma fundação com 600. Eu sinto no corpo funcional uma vontade muito grande de participar.
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ABr: Um dos principais problemas hoje na Funarte é a demora para a análise dos projetos, como está caminhando a informatização e modernização desse processo?
Mamberti: Um dos desafios importante é dar mais agilidade à apreciação e análise dos projetos. A informatização está caminhando com bastante rapidez. O artista ou produtor cultural poderá fazer um projeto totalmente de forma informatizada. Quem não tem acesso à internet pode mandar pela forma tradicional. Esse conjunto de medidas que vão ser tomadas já estão em andamento de uma certa maneira. É por isso que eu tenho a esperança de que nesses próximos dois anos vamos dar uma outra cara à Funarte, à altura de sua tradição, mas com uma visão de futuro. Houve na história da Funarte alguns traumas que precisam ser superados e o caminho é justamente esse espírito de dimensionar a fundação para os dias de hoje.
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ABr: Qual será o papel da Funarte nesse processo de mudança com o fim da Lei Rouanet e a criação do Programa Nacional de Financiamento e Fomento da Cultura?
Mamberti: A Funarte tem um papel importantíssimos que é dar os pareceres [para o financiamento dos projetos], teremos a missão principalmente de dar mais agilidade a isso. Nós estamos aí com uma conquista, porque as emendas [parlamentares] que vão sair possivelmente irão dotar a Funarte com orçamento.
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ABr: Os recursos que a Funarte tem hoje são suficientes para atender a toda a demanda?
Mamberti: Nós temos um orçamento reduzido. Nós estamos trabalhando com um sistema nacional de cultura em que os recursos diretos possam ser compatíveis com o papel estratégico da cultura. O orçamento de 2007 foi em torno de R$ 58 milhões, sendo que apenas R$ 20 bilhões eram para investimentos nas ações finalísticas e o restante, para custeio. É impossível com o leque de ações que Funarte tem e seu espectro dentro do plano das artes no Brasil você querer fazer um projeto com R$ 20 bilhões. É absolutamente irreal.
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ABr: Há previsão para o orçamento de 2009? Ele será maior?
Mamberti: Ele ainda está sendo finalizado. E essa é uma luta. Nós saímos de uma faixa de 0,2% para 0,8% [do Orçamento Geral da União]. Mas devemos comemorar quando tivermos pelo menos 1%. E isso será quando a PEC 150 [Proposta de Emenda Constitucional 150/2003, que atende à recomendação da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) de destinar pelo menos 1% de toda a arrecadação do governo ao setor] for aprovada, garantindo 2% para a cultura.
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ABr: Outros projetos como o Vale-Cultura e a Loteria da Cultura poderiam desengessar essa questão do orçamento? Eles saem ainda no governo atual?
Mamberti: Podem demais. E as emendas também. Nós temos hoje uma frente parlamentar de apoio à cultura extremamente eficiente e suprapartidária. Ou seja, é um momento novo, nós conseguimos sensibilizar não só a sociedade, mas o Executivo e o Legislativo. Eles saem sim, estou muito otimista.
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ABr: O ex-presidente Celso Frateschi tinha uma preocupação grande com o circo e outras áreas da cultura que recebem menos apoio. Qual é a opinião do senhor sobre o assunto?
Mamberti: Certamente vamos olhar pelo circo, eu tenho um carinho muito especial pela área. Hoje a dança é o setor mais carente, é onde os investimentos foram menores. A ópera também está muito abandonada, nós temos pouca representatividade dentro do ambiente da Funarte. Tudo isso eu pretendo reconstruir com o meu time, com a sociedade e o ministério, para conseguir os resultados esperados. O trabalho hoje é no sentido de ter um novo ministério que possa responder aos desafios de um conceito de cultura mais amplo que vai além das artes.

CCSP tem internet sem fio

fonte: portal da Prefeitura da Cidade de São Paulo - em 11/11

É o primeiro equipamento da prefeitura a oferecer a rede wi-fi

O Centro Cultural São Paulo amplia seus serviços oferecidos ao público com a implantação da rede sem fio de acesso gratuito à internet nas áreas sociais do CCSP. Assim, a instituição será o primeiro equipamento da Prefeitura a disponibilizar ao público esta tecnologia.

Desenvolvido pela Prodam - empresa de tecnologia da informação e comunicação do município de São Paulo - o projeto teve início em 2006 e foi apresentado ao CCSP em 2007, mas somente em 2008, após uma revisão e atualização, o projeto começou a ser implantado. No final do primeiro semestre foi preparada a infra-estrutura e nos últimos meses foram adquiridos os equipamentos necessários. Além de um equipamento wireless switch e switches para interligação, houve o emprego de materiais como fibra óptica, cordões de fibra óptica, conversores de mídia, eletroduto para tubo de 1”, entre outros.

Foi instalada uma rede interligada com fibra ótica que conta com sete antenas em diferentes pontos do prédio, que funcionarão em caráter experimental nos meses de novembro e dezembro. Com um link de 1 Mb, cerca de 140 usuários poderão ser atendidos simultaneamente, por meio das antenas que cobrirão as áreas das Bibliotecas, Piso Flávio de Carvalho, restaurante e imediações e a área localizada no final da rampa que liga o CCSP ao Metro. Também foram instaladas bancadas com tomadas de energia que ficarão à disposição dos usuários e seus aparelhos.

A rede sem fio do CCSP será gratuita e para acessá-la o usuário deverá cadastrar-se, recebendo uma senha que lhe dará o direito de usar por um período de quatro horas, ao final das quais poderá solicitar mais um período.

O usuário interessado no serviço deverá procurar o departamento de informática do Centro Cultural São Paulo para a realização do cadastro e retirada de uma senha de acesso.

Regras gerais para usuários da rede sem fio do Centro Cultural São Paulo

Para a utilização da rede sem fio o usuário deverá observar algumas regras como, por exemplo, responsabilizar-se pela sua identidade eletrônica e senha. O usuário não poderá mostrar texto ou imagens considerados abusivos, nem acessar sites pornográficos, games on-line; bate papo da internet, sites de relacionamento, ou quaisquer outros portais cujo conteúdo não seja informativo ou educacional, conforme a Lei Municipal nº 14.098, de 08 de dezembro de 2005. Não será permitido utilizar o acesso à internet para invadir a privacidade ou prejudicar outros membros da comunidade virtual e , ainda, violar os sistemas de segurança. É vedada a interferência nos serviços de outros usuários, de modo a causar congestionamento na rede, assim como a disseminação de vírus e worms.
Fica proibido utilizar os serviços computacionais do CCSP para fins comerciais ou políticos e, de forma alguma, intimidar, assediar, aborrecer ou difamar qualquer pessoa por intermédio da web.

O usuário é responsável por seus atos a partir do momento em que realiza o cadastro e responderá por qualquer ação legal apresentada ao CCSP e que o envolva. Caso alguma violação de regra seja identificada, através do sistema de monitoramento, o usuário será bloqueado e notificado pelo e-mail de contato. A penalidade poderá ser da advertência formal à suspensão do acesso por período de 30 dias ou permanente do uso da rede Wi-Fi.

Serviço: Centro Cultural São Paulo. Rua Vergueir, 1.000. Centro - Próximo da estação Vergueiro do metrô. Tel.: 11 3383-3400.

Novo presidente do Masp é réu em processo judicial

fonte: Folha de São Paulo
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Depois de uma assembléia geral que durou uma hora, os associados do Masp (Museu de Arte de São Paulo) elegeram o advogado e colecionador João da Cruz Vicente de Azevedo como novo presidente do museu.
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Aos 83 anos, Azevedo substitui o arquiteto Julio Neves, 76, que ocupou a presidência do Masp por 14 anos. Não deve, porém, haver ruptura, segundo associados e conselheiros do museu ouvidos pela Folha sob condição de que seus nomes não fossem citados: o novo dirigente é ligado a Neves.
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O Masp tem o mais importante acervo da América Latina, com obras primas de Rafael, Van Gogh, Cézanne, Matisse e Picasso.
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O novo presidente do Masp é réu num processo em que o Ministério Público do Estado acusa a diretoria do museu por má gestão e pede o afastamento de seus integrantes. Ele é réu porque foi secretário-geral na gestão em que Neves era presidente. O arquiteto também é réu no processo que corre em segredo de Justiça.
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Azevedo não quis comentar a acusação de má gestão do Ministério Público nem o fato de ser réu numa ação judicial.
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É dono de uma coleção modesta de arte, cujo destaque é uma tela de Benedito Calixto. De família tradicional, seu interesse é a iconografia de São Paulo no século 19.
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Azevedo encabeçou uma chapa única, "Masp na Ativa", inscrita no processo eleitoral. Ele foi eleito para um mandato de dois anos.
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De acordo com comunicado oficial do museu, Neves, "em nome dos componentes da diretoria, cujo mandato se encerrou no final de outubro, agradeceu o irrestrito apoio e confiança recebidos dos associados, dirigentes, funcionários e colaboradores do Masp, durante todo o período de 14 anos no qual exerceu o honroso cargo de presidente de sua diretoria."
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Após a eleição, ele respondeu por escrito às questões da Folha. Sobre a dívida de R$ 13 milhões com a Vivo, que está sendo cobrada na Justiça, disse: "Estamos em conversações com a Vivo e com a prefeitura para em breve iniciarmos as obras do novo edifício que abrigará a escola e as atividades administrativas do Masp".
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O edifício na avenida Paulista projetado por Lina Bo Bardi, que abriga o museu, pertence à prefeitura e foi cedido em comodato a associação privada que dirige o Masp, com prazo que expirou em outubro.
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O novo presidente não vê riscos de o museu perder o prédio -a prefeitura já fez, veladamente, essa ameaça: "A relação com a prefeitura é excelente, contamos inclusive com seu apoio financeiro. Acreditamos na continuidade dessa relação. O prédio do Masp está nas mais adequadas condições de funcionamento."
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A nova diretoria, que tem mandato até 3 de novembro de 2010, tem como vice-presidente a também colecionadora Beatriz Pimenta Camargo.

Eleição no Masp deve escolher novo presidente hoje

Fonte: Folha Online - 03/11/2008
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Depois de 14 anos sob o comando do arquiteto Julio Neves, o Masp (Museu de Arte de São Paulo) pode conhecer nesta segunda-feira um novo presidente. Neves afirma que não vai se candidatar para um novo mandato.
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O pleito que deve escolher o novo presidente do Masp é o mais aguardado dos últimos anos. Ele vem na esteira do furto de duas obras do museu no ano passado e de diversas acusações de má gestão nos últimos anos.
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Segundo a assessoria do museu, o Masp tem uma dívida de pouco mais de R$ 5 milhões, o que motivou a Justiça a determinar em setembro passado que fosse feita uma auditoria nas contas do Masp.
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Ainda segundo a assessoria, a dívida foi renegociada até 2010 "com pagamentos rigorosamente em dia. Não há qualquer atraso ou pendência no cumprimento das obrigações trabalhistas, fiscais e sociais".
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A atual administração também foi posta em xeque depois que duas obras foram roubadas do Masp no dia 20 de dezembro do ano passado. Em uma ação que durou três minutos, criminosos levaram "Retrato de Suzane Bloch", de Pablo Picasso, e "O Lavrador de Café", de Cândido Portinari.
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Até então, o museu não tinha alarme, sensor ou seguro para as obras. Após a ocorrência, o Masp reforçou a segurança do prédio. Depois de sete dias de investigação, a Polícia Civil chegou aos quadros que estavam em uma casa em Ferraz de Vasconcelos (Grande São Paulo).
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As eleições
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De acordo com a assessoria de imprensa do Masp, os candidatos à presidência só serão conhecidos minutos antes da votação. Os nomes são protocolados pelo museu e revelados somente no momento da votação, que vai acontecer em seu anfiteatro a partir das 19h.
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A escolha será feita pelos 70 associados do Masp. O museu espera divulgar o resultado na noite desta segunda-feira.
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O favorito para levar a disputa é o presidente do Banco Votorantim, José Ermírio de Moraes Neto, segundo afirma a coluna de Mônica Bergamo na
Folha de hoje (só para assinantes).
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Mas há dúvidas de que o atual presidente não se candidate novamente, já que ele prometeu o mesmo em eleições anteriores. Ele chegou ao posto em 1994 e venceu as últimas seis eleições, que acontecem de dois em dois anos.

Sérgio Mamberti é novo presidente da Funarte

da Folha Online - 31/10/2008 - por RENATA GIRALDI , de Brasília
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O ministro da Cultura, Juca Ferreira, anunciou nesta sexta-feira Sérgio Mamberti como novo presidente da Funarte (Fundação Nacional das Artes). Ele substitui Celso Frateschi, que deixou o cargo no último dia 6.
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Frateschi renunciou à presidência --que ocupava desde o início do segundo mandato de Lula, em 2007-- dois dias depois de o jornal "O Globo" publicar reportagem sobre suposto favorecimento seu à Ágora, companhia de teatro que fundou e cuja coordenação está a cargo de sua mulher, a cenógrafa Sylvia Moreira, e do diretor Roberto Lage.
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Para assumir a Funarte, Mamberti deixa a secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural. Ainda não foi escolhido substituto para o órgão.
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Ao tomar posse, Mamberti reiterou a defesa da ampliação de recursos para área cultural e a desburocratização. "É preciso ampliar o orçamento, de tal forma que se permita institucionalização do fomento", afirmou ele. "[Para que o setor] saia da situação de pires na mão."
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Juca Ferreira concordou com Mamberti lembrando ainda que é aguardada a aprovação de projeto de lei, em tramitação no Congresso, que determina a ampliação para contratação no MinC e concursos públicos.
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Segundo o ministro, será elaborado também decreto determinando ações que visam o fim das burocracias na área cultural, mas não adiantou quais.
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Mamberti tem 69 anos e nasceu em Santos. Formado pela Escola de Artes Dramáticas de SP, ele já fez parte de mais 70 espetáculos teatrais, 38 filmes e 26 novelas.
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Antes da Funarte, o ator ocupou duas secretarias no MinC --durante o governo Lula--, a de Artes Cênicas e Música, além da Identidade e da Diversidade Cultural.
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Em várias ocasiões, ele ocupou o ministério da Cultura, em substituição a Gilberto Gil.
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A Funarte é responsável pela execução de programas e projetos na área de música, circo, dança, dramaturgia, artes plásticas, fotografia e documentação.

Bienal Do Vazio

Fonte: TV IG
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A falta de recursos para montar uma mega-exposição, a idéia de discutir o excesso de bienais no mundo – 213, segundo o curador – e a proposta de avaliar o próprio papel da Bienal de São Paulo levaram os organizadores da 28ª edição a propor que todo o segundo andar do prédio da instituição ficasse vazio durante a mostra.

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Zulu Araújo assume a Funarte e promete diálogo com servidores

fonte: Folha Online em 09/10/2008
por MIGUEL ARCANJO PRADO
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Foi publicada nesta quinta-feira (9), no Diário Oficial da União, a nomeação do presidente da Fundação Cultural Palmares, Zulu Araújo, como presidente interino da Fundação Nacional de Arte (Funarte). Os dois órgãos são ligados ao Ministério da Cultura (MinC).
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Presidente da Fundação Cultural Palmares, Zulu Araújo assume a Funarte interinamente. O novo presidente esteve nesta quinta na sede do órgão federal no Rio e conversou com os funcionários, para se inteirar da atual situação da Funarte.
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Em entrevista à Folha Online, por telefone, Araújo disse que quer reestabelecer o diálogo com servidores do órgão. "Minha mensagem para os funcionários da Funarte é que vou reestabelecer o diálogo com todos os setores: dirigentes, técnicos e servidores, além da representação dos servidores."
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Araújo ocupa a vaga deixada por Celso Frateschi, que renunciou
ao cargo após a denúncia feita pelo jornal "O Globo" de que ele teria favorecido a companhia teatral Ágora, grupo do qual foi fundador e que é dirigido por sua mulher, a cenógrafa Sylvia Moreira, e pelo diretor Roberto Lage.
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Funcionários da Funarte comemoraram a saída de Frateschi com festa
-- com direito a bolo e refrigerante. Apesar desse clima recente de hostilidade, os servidores receberam bem o presidente interino, que chegou com um discurso pacificador.
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"Do mesmo modo que o ministro da Cultura Juca Ferreira disse quando ocupou a vaga deixada pelo ministro Gilberto Gil, eu pretendo ouvir, ouvir e ouvir", declarou Araújo.
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"Os funcionários me procuraram hoje para se colocar à disposição. Todos me receberam muito bem. Quero fazer uma direção colegiada, como faço na Fundação Cultural Palmares, com a participação de todos, sem abrir mão de minhas responsabilidades."
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Araújo afirmou que ficará à frente da Funarte "enquanto for necessário" e previu sua permanência no órgão por cerca de 30 dias, "até o ministro [Juca Ferreira] escolher um titular que contemple todas as propostas da administração do MinC e tenha legitimidade junto à classe artística". Ele disse que não acredita que será esse nome. "Estou muito bem na presidência da Palmares e ainda tenho uma missão a cumprir lá", declarou.
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A assessoria da Fundação Cultural Palmares informou à Folha Online que, por enquanto, Araújo não deixa o órgão e acumula as duas funções.
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Quem é Zulu Araújo
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Baiano formado em arquitetura pela Universidade Federal da Bahia, Edvaldo Mendes Araújo, conhecido por Zulu Araújo, tem 55 anos e acumulou experiência na gestão de programas culturais voltados aos negros.
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Entre outros cargos, foi conselheiro do Olodum e assessor especial da Secretaria de Cultura da Bahia. Ele foi responsável pelas atividades de comemoração dos 300 anos de Zumbi, em 1995. Ele assumiu a presidência da Fundação Cultural Palmares em março de 2007, órgão do qual já fazia parte da diretoria desde 2003.

Carta de Renúncia de Celso Frateschi

Fonte: Cultura e Mercado
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Digo não!
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Aceitei assumir a presidência da Funarte por acreditar na possibilidade de contribuir na construção de políticas públicas para a área cultural. Não vim para essa missão participar de brigas intestinas, pois acredito que o país espera e precisa de respostas concretas para estimular o nosso desenvolvimento cultural. Digo isso tendo como foco muito mais o conjunto de nossos cidadãos do que a nossa comunidade artística. Portanto, o movimento articulado de alguns funcionários e de alguns setores do Ministério da Cultura para desestabilizar minha gestão na presidência da Funarte não encontrará nenhuma resistência de minha parte.

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Fui convocado pelo ex-ministro Gilberto Gil para colaborar com o governo Lula, o que muito me honra e enobrece. Já havia sido secretário de cultura duas vezes em Santo André, junto com Celso Daniel, e em São Paulo, com Marta Suplicy. Experiências das quais tenho muito orgulho de ter participado.

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Sou um artista e vim para a Funarte com o mesmo propósito de me envolver num projeto coletivo de construção de políticas de cultura que rompesse, da mesma forma que o governo Lula rompeu, com os limites sociais e regionais de atenção e atendimento governamental. Durante esse ano e meio de trabalho, procuramos mudar alguns conceitos apontados e acordados com o ministério:

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1) Descentralizar as atividades da Funarte, deixando de lado a sua característica histórica de um “cariocacentrismo” radical. O antigo Secretário da Cultura Aloysio Magalhães dizia que a Funarte era um grande transatlântico encalhado na Rua Araújo de Porto Alegre. Deram-me a tarefa de pensar as atividades da instituição em escala nacional, como deve ser, e fazer zarpar o “transatlântico encalhado” por muitas décadas.

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2) Institucionalizar nossos programas, tirando-os da fragilidade dos mecanismos esquizofrênicos da Lei Rouanet.

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3) Reinventar institucionalmente a Funarte.

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4) Responder aos desafios colocados por nossa produção artística nacional, dentro de conceitos definidos pela gestão Gilberto Gil.

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5) Implantar políticas estruturantes em nível nacional para todas as áreas artísticas. Avançamos muito, apesar da conjuntura às vezes adversa, tanto no Ministério da Cultura quanto na própria Funarte. No Ministério, vivemos um tempo bastante comprometido pela greve, e depois enfrentamos a troca do ministro. Já na Funarte, além da conjuntura, temos problemas estruturais como o seu desenho administrativo extremamente presidencialista, o histórico da instituição truncado pelo governo Collor e desde então comprometida em sua missão institucional. O “transatlântico” encalhado “que Aloysio Magalhães definia, em razão do longo tempo empacado no Rio de Janeiro, deteriorou talvez definitivamente, com o abandono e fragilidade da quase totalidade de seus “marinheiros”. Como num navio fantasma, parte de sua tripulação, também quase fantasma, vive de assombrar o novo e de expulsá-lo de seus domínios. A carcaça carcomida dessa embarcação serviu durante muitos anos de alimento aos ratos da burocracia e do corporativismo. Gordos, esperam a sua aposentadoria. Que tenham um bom apetite.

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Neste final de semana, fui alvo de dois ataques destes piratas do caribe. Primeiro uma carta da ASSERTE (Associação dos Servidores da Funarte), que terá em seguida uma resposta detalhada para recuperar a verdade e defender aqueles inúmeros funcionários da Funarte que tentam heroicamente desencalhar essa instituição. Funcionários esses que são “representados” por uma associação que os ataca no que eles têm de mais sagrado, que é a missão de servir ao público.

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O outro ataque veio pelo jornal O Globo e utilizou um repórter muito bem formado na arte de dizer meias verdades, de iludir o entrevistado, de se negar a estudar documentos que venham desmontar a sua tese mentirosa.
Que se sustenta em apenas partes de uma documentação editada e conseguida criminosamente. Que entrevista para um tema e usa as respostas para outro. Ou seja, um pequeno aprendiz de Goebles, que acredita que a mentira soberana passa por verdade. Esse jornalista sequer iria me entrevistar. E só o fez de “mentirinha”, pois, pelo que tudo indica, a matéria já estava editada na véspera de nosso contato. O repórter se negou totalmente a consultar os documentos que revelam de forma cabal as mentiras de sua matéria e mostram a regularidade dos trâmites legais dos processos dentro da Funarte. Também não levou em consideração as informações prestadas pela Petrobrás que atestavam o interesse da estatal pelo projeto desde agosto de 2007, uma vez que se tratava de um projeto de continuidade. O repórter mistura, de forma deliberada, os procedimentos para confundir o leitor e passar a idéia de irregularidade. Soma, apenas quando lhe interessa, de forma capciosa, os tempos de tramitação dos processos dentro da Funarte com os tempos em outras instâncias do Ministério.

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A verdade é que a Funarte regularizou o trâmite dos processos da Lei Rouanet. Atualmente o processo leva no máximo 21 dias para ser analisado pela Funarte e isso fere toda uma indústria de atravessadores que “facilitavam” as aprovações que eram de seu interesse. Uma legião de lobistas perdeu o emprego e isso os perturba. A profissão dos que “acompanhavam” os processos não tem mais nenhuma necessidade de existir. E isso aconteceu porque mexemos num nicho que resistia desde a implantação da Lei Rouanet, que era o setor de análise dos Pronac. Ampliamos o número de pareceristas, treinamos e dinamizamos a gestão, e hoje não existem mais dificuldades, fazendo com que as “facilitações” percam o sentido de existir. Isso também perturba.

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Procurei, durante todo esse período, cumprir com a missão que me foi confiada. Mas não tenho mais instrumentos, nem meios, nem vontade de tentar seguir nessa viagem estagnada, nessa cidade maravilhosa onde o olhar para o nosso país parece limitar-se aos braços do Cristo Redentor. Declino da presidência da Funarte, evidentemente não pela matéria de O Globo, pois na minha longa vida pública, já enfrentei outros processos difamatórios que se mostraram vazios como esse que está em curso. Saio porque se caracterizou uma articulação espúria que eu não tenho o menor interesse de enfrentar. Aceitei essa presidência para trabalhar positivamente e avançar na implantação de mecanismos republicanos de fomento e financiamento. Para federalizar as nossas ações e trabalhar com o conjunto dos entes federativos na construção do Sistema Nacional de Cultura. Para ajudar implantar o Programa Mais Cultura que é realmente o que interessa e não para perder o meu tempo em querelas de vaidades pessoais.
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Agradeço carinhosamente aos inúmeros funcionários da Funarte que se empenharam nessa nossa missão e espero que sobrevivam a essa legião de gasparzinhos que habitam o belo e vistoso Palácio Capanema.
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No meu primeiro dia de trabalho na Funarte, durante o almoço com Pedro Braz e Sergio Sá Leitão, fui abordado pelo jornalista Ancelmo Gois também do Jornal O Globo. A sua única pergunta foi se eu seria o paulista que teria vindo tomar a Funarte. Surpreso com a grosseria, demorei dois segundos para responder, o que foi suficiente para ele emendar: “Pois fique sabendo que, para mim, paulista bom é paulista morto”. Virou as costas e foi embora. Felizmente o Rio de Janeiro não se traduz no preconceito dessa figura.

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Que esses descansem em paz!

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Toda a minha formação tem como ponto de referência o Teatro. Foi pelo teatro que entrei em contato com grandes mestres da humanidade. Foi pelo teatro que fui preso ainda menor de idade pela ditadura. Estudando grandes textos entendi a dialética da grandeza e da pequenez da alma humana. Foi o teatro que me levou às minhas experiências exitosas em Santo André e São Paulo. E finalmente, é o teatro que me clarividencia situações nebulosas como essa, não pelo discurso, mas pelo ato.

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Eu resolvi agir sim!

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Celso Frateschi

Manifesto dos Servidores da Funarte enviado ao Ministério da Cultura

fonte: Cultura e Mercado
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Rio de Janeiro, 02 de outubro de 2008.
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Ao Exmo. Sr. Ministro de Estado da Cultura Juca Ferreira
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Senhor Ministro,
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Os servidores da Funarte, por deliberação da Assembléia Geralrealizada em 23 de setembro de 2008, vêm, por intermédio de sua Associação, relatar a V. S. questões relativas à situação caótica que essa Fundação atravessa.
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A Funarte vive o pior momento de sua história. A atual gestão tem-se mostrado extremamente autoritária, criando um clima de intimidação e desrespeito para com os servidores, que nunca foram tão aviltados e desconsiderados em suas competências.
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Tal autoritarismo se reflete também na brutal centralização das decisões, das mais simples às mais complexas, e na rigidez hierárquica. Não há diálogo ou discussão com o corpo técnico a respeito dos programas e ações da instituição. Ao contrário, o que existe é uma total desconsideração das sugestões e análises apresentadas.
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Os diretores e coordenadores também não possuem nenhuma autonomia para desenvolver suas atividades. Os conflitos são tão grandes que mais de 20 servidores já foram exonerados de cargos comissionados porincompatibilidades várias com a Direção da Casa. Alguns permanecem com sua situação profissional indefinida, visto que ainda não foram redistribuídos, removidos ou devidamente aproveitados nos setoresonde estão lotados. Aliás, esta situação não afeta somente os funcionários exonerados.
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Vários grupos de artistas e produtores culturais também têm demonstrado sua insatisfação por não conseguir estabelecer diálogo com a Direção do órgão, muito menos participar da elaboração de políticas e programas para os segmentos em que atuam.
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Sem interlocução com funcionários, artistas e com a sociedade, o Presidente e o Diretor Executivo levam a Funarte a uma atuação pífia, muito aquém de suas potencialidades. Constatamos que a Instituição não vem desempenhando a contento as funções para as quais foi criada.
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Em vez de “formular, promover e fomentar programas, projetos e atividades voltadas para as suas áreas de atuação” (conforme estabelece seu Estatuto), a Funarte está praticamente reduzida à condição de mera repassadora de verbas, tentando conceder prêmios e bolsas por meio de editais mal elaborados.
Em relação às atuais diretrizes, destacamos os seguintes equívocos:
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1. Extinção ou descaracterização de programas e projetos bem sucedidos, tais como: Conexão de Artes Visuais, Prêmio Projéteis de Arte Contemporânea, Arte Sem Barreiras, Câmaras Setoriais, sem esquecer o caso emblemático do Projeto Pixinguinha;
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2. Concepção deformada da idéia de ação nacional, substituída por uma “estadualização” na qual a Funarte desempenha o papel que cabe às Secretarias Estaduais e, mesmo, Municipais de Cultura. As Secretarias, por sua vez, acabam sendo ignoradas neste novo formato de atuação, afastadas da participação em projetos que antes contavam com a sua parceria, como o Programa Nacional Bandas de Música e o Projeto Pixinguinha;
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3. Desarticulação de uma política de circulação nacional de artistas e técnicos, ainda em função da referida “estadualização”;
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4. Ausência de uma política coerente de ocupação dos espaços culturais da Fundação. Ao mesmo tempo em que teatros e salas encontram-se fechados, alguns em estado precário, a Funarte prepara-se para comprar e reformar novo teatro em São Paulo.
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Especificamente em relação ao Pronac/Funarte, denunciamos o estrangulamento de suas atividades no período de março de 2007 a fevereiro de 2008, quando sete dos 11 pareceristas ad hoc do setor não foram recontratados por obstrução da Direção da Funarte. Em conseqüência, houve atraso na análise de mais de 2.000 projetos da Lei Rouanet, levando o caos à produção cultural no país. É improcedente a alegação de que o acúmulo de projetos por analisar tenha sido causado pela greve dos servidores em 2007.
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Recentemente, o Ministério da Cultura ofereceu, no Rio de Janeiro, um curso para formação de pareceristas da Lei Rouanet, destinado a servidores de suas várias instituições. A Direção Executiva da Funarte sonegou a informação acerca da existência do curso, contrariando diretriz do próprio Ministério e comprometendo oaperfeiçoamento de seu corpo funcional. Não só deixou de indicar servidores, como impediu, verbalmente, essa participação. Aliás, essa é uma tática bastante usada por essa autoridade: dar ordens verbais, sem assinar documentos, comprometendo o princípio da transparência na Administração Pública.
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Com relação aos Editais lançados a partir de agosto, cabe dizer que são confusos, mal redigidos, contêm exigências absurdas e vários equívocos, além de cláusulas cuja legalidade pode ser questionada, pois ferem princípios da Lei 8.666. Até mesmo os técnicos e demais funcionários têm dificuldade de compreendê-los para dar conta das inúmeras dúvidas e reclamações pertinentes que chegam diariamente à Funarte.
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Diante desse quadro, manifestamos nosso total repúdio à calamitosa gestão Celso Frateschi/Pedro Braz e esperamos sinceramente a solução deste grave problema, com a implantação de uma gestão participativa e democrática na Funarte, de acordo com os princípios que orientam este Ministério.
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Queira aceitar, Senhor Ministro, a saudação dos servidores da Funarte.

Decreto sobre acordo ortográfico

Lula assina nesta segunda decreto sobre acordo ortográfico
Entre as mudanças estão fim do trema e novas regras para o hífen. A novidade chegará aos livros didáticos em 2010.
Do G1, em São Paulo


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assina nesta segunda-feira (29) o decreto com o cronograma de implantação do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa no país. A assinatura será às 15h, no prédio da Academia Brasileira de Letras, no Rio de Janeiro, durante sessão solene de celebração dos 100 anos da morte de Machado de Assis. As informações são da Agência Brasil.
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Entre as mudanças estão o fim do trema, novas regras para o emprego do hífen, inclusão das letras w, k e y no idioma, além de novas regras de acentuação.
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No Brasil, o acordo entrará em vigor em janeiro de 2009 e sua implantação será feita de forma gradual, de modo que as novas normas chegarão aos livros escolares em 2010 e serão obrigatórias a partir de 2012.
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Assim, a regra atual valerá para vestibulares e concursos públicos até dezembro de 2012.
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A expectativa é de que a reforma ortográfica – assinada em 1990 e ratificada pelo Brasil em 1995 – amplie a cooperação internacional entre os países de língua portuguesa ao estabelecer uma grafia oficial única do idioma.
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A medida também deve facilitar o processo de intercâmbio cultural e científico entre Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste, Brasil e Portugal, além de ampliar a divulgação do idioma e da literatura.

MinC vai promover intercâmbio entre Brasil e Benin

Fonte: Comunicação Social/MinC
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BRASIL, Brasília - Ministério da Cultura vai promover intercâmbio de artistas dos dois países
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O ministro da Cultura, Juca Ferreira, reuniu-se nesta terça-feira, 9 de setembro, em Cotonou, capital de Benin, com Bio Goundu, ministro da Cultura, Turismo e Artesanato daquele país africano, para dar início a uma nova fase de cooperação e intercâmbio cultural entre as duas nações. No encontro, foi acordado pelas delegações brasileiras e benienses a criação de Grupo de Trabalho, que se reunirá uma vez por ano para tratar de políticas bilaterais de Cultura. Os ministros conversaram sobre parcerias nas áreas do Patrimônio Cultural e do Audiovisual, além de estratégias de promoção e valorização da cultura afrodescendente e de fortalecimento do intercâmbio entre o Brasil e os países africanos.
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Ainda este ano, serão realizadas a Semana Cultural do Benin no Brasil e a Semana Cultural do Brasil no Benin, que ocorrerão a partir do mês de novembro. Os eventos irão promover manifestações culturais tradicionais e contemporâneas que dialogam entre os dois países. Na ocasião, o Governo Federal e o Governo do Estado da Bahia vão trazer para o Brasil o Ballet Nacional do Benin.
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Também foi acordado pelos ministérios da Cultura dos dois países a dinamização da Casa do Benin no Brasil, situada em Salvador, já que em 2006, a Casa do Brasil em Benin, situada na cidade de Ouidah, foi restaurada pelo governo beniense. O ministro Juca Ferreira propôs que a instituição se torne o Ponto de Cultura, oferecendo cursos de língua portuguesa e um local de intercâmbio. Já estão em funcionamento no exterior um Ponto de Cultura em São Francisco, nos Estados Unidos da América, e outro em Paris, na França.
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Na pauta, também foram tratadas ações de Patrimônio Cultural e Museus. Foi proposta a realização de exposições culturais e científicas nos dois países, além de capacitação nas áreas de conservação, restauração e gestão do patrimônio. Os ministros discutiram o intercâmbio periódico sobre temas relacionados ao Patrimônio Imaterial e às Culturas Populares. Segundo o presidente do Instituto do Patrimônio Histórico Artístico e Nacional (Iphan), Luiz Fernando de Almeida, presente na reunião, “o Brasil não conhece a dimensão do patrimônio material e afetivo dos retornados ao Golfo do Benin; voltamos com a missão de tornar visível parte significativa essa historia”.
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Ainda foi proposto o apoio do Brasil à formação e à produção audiovisual, com parcerias nas áreas do cinema e televisão, assim como o intercâmbio de acervos cinematográficos e iconográficos. O ministro Juca Ferreira propôs a interação de professores, pesquisadores e estudantes dos dois países a fim de consolidar o programa de implantação do ensino obrigatório da matéria de História e Cultura Afro-brasileira em todas as escolas brasileiras - previsto na Lei n° 10.639/2003, uma conquista da Fundação Cultural Palmares e do Ministério da Educação -, bem como a implantação do ensino da Língua Portuguesa e da História e Cultura da Bahia no Benin, a fim de atender às populações benienses descendentes de brasileiros. O presidente da Fundação Cultura Palmares, Zulú Araujo, que também integrou a delegação brasileira, avaliou que “a visita ao Benin é o reencontro do Brasil consigo mesmo”.
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Em 1972, o governo brasileiro assinou acordo de cooperação cultural com o governo de Benin, mas que não se concretizou em ações efetivas.É fundamental valorizar as raízes históricas e as relações culturais entre os nossos países. Benin foi o país da África que mais exportou escravos para o Brasil, temos uma grande dívida social que precisa ser compensada”, afirmou Juca Ferreira. Para o ministro da Cultura brasileiro, “só agora o Brasil começa a olhar com orgulho a sua formação, a sua história, a sua diversidade cultural e, particularmente, a contribuição que os africanos deram para sermos o que somos”. Ele sugeriu uma visita da delegação do Ministério da Cultura beniense ao Brasil para apresentar as políticas culturais do governo brasileiro e trocar experiências de gestão entre os dois países.
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Homenagem
Já na cidade Ouidah, também em Benin, o ministro da Cultura, Juca Ferreira, e o governador da Bahia, Jacques Wagner, foram recebidos com muita festa. A população saudou a delegação brasileira com faixas de boas vindas e apresentações de música e dança por artistas locais.
Ferreira e Wagner foram homenageados pela Prefeitura com o título de cidadãos honorários de Ouidah, em uma cerimônia com manifestações culturais muito similares às da Bahia, com as mesmas referências de religiosidade africana e símbolos do Candomblé.
O ministro Juca Ferreira disse que se sentiu em casa: “como baiano estou reconhecendo a Cultura e a energia do povo da Bahia e posso atestar que o oceano atlântico não foi capaz de separar esses dois povos irmãos”. Para o governador da Bahia, “Ouidah é a cidade mais brasileira da África, assim como a Bahia é o estado mais africano do Brasil”.
À noite, Juca Ferreira e Jacques Wagner receberam a medalha da Ordem do Mérito Nacional do Benin, condecorados com o grau de comendador pelo ministro dos Negócios Estrangeiros do Benin, Moussa Okanla.

Educação deverá ter R$ 10 bilhões a mais no próximo orçamento

fonte: Fonte: Agência Brasil em 14 / 09 /2008
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DISTRITO FEDERAL, Brasília - Distribuir de forma homogênea os recursos previstos no orçamento para a Educação em 2009, que são da ordem de R$ 41, 5 bilhões, para os quatro eixos de atuação da pasta: educação básica, educação profissional, educação superior e alfabetização.
Essa é a meta do Ministério da Educação, segundo o secretário-executivo do Ministério da Educação (MEC), Henrique Paim. “Há algum tempo, o MEC trabalha com uma visão sistêmica da educação. No orçamento, o que se pode observar é uma distribuição clara entre os quatro eixos: educação básica, educação profissional, educação superior e, por fim, alfabetização e diversidade”, afirmou.
O valor do orçamento de 2009 supera em R$ 10 bilhões o orçamento deste ano, que foi de R$ 31, 2 bilhões. A proposta do orçamento da União precisa, agora, ser aprovada pelo Congresso Nacional.
Na Educação Básica – que engloba creche, pré-escola, ensinos fundamental e médio – o destaque em investimentos, segundo Paim, será para a área de formação de professores. A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), órgão que será responsável por essa tarefa, teve seu orçamento ampliado de R$ 1,2 bilhões em 2008 para R$ 2,05 bilhões em 2009.
O orçamento total para o programa Brasil Alfabetizado e a Educação de Jovens e Adultos sofreu um corte de R$ 75 milhões. Segundo Paim, a redução é conseqüência de uma mudança na operacionalização do programa e não significa menos dinheiro para a alfabetização.
“Desde 2007, o pagamento de bolsas é feito diretamente aos alfabetizadores pelo MEC. Como as bolsas do Brasil Alfabetizado têm início no segundo semestre de cada ano, parte do orçamento de 2009 vai recair para 2010. As metas não foram alteradas, estamos adequando o orçamento ao novo ritmo de execução do programa”, explicou.
O projeto de expansão da rede federal de educação profissional e tecnológica também recebeu incremento de quase R$ 1 bilhão. O ministro Fernando Haddad havia anunciado, recentemente, que, até 2010, serão construídas 150 escolas técnicas federais. As obras de 104 dessas instituições já foram licitadas, de acordo o ministro.

Indicadores da Exclusão Cultural

fonte:
tópico da apresentação do PROGRAMA MAIS CULTURA, do Ministério da Cultura, lançado em novembro de 2007.


· Apenas 13% dos brasileiros freqüentam cinema alguma vez por ano;
· 92% dos brasileiros nunca freqüentaram museus;
· 93,4% dos brasileiros jamais freqüentaram alguma exposição de arte;
· 78% dos brasileiros nunca assistiram a espetáculo de dança, embora 28,8% saiam para dançar;
· Mais de 90% dos municípios não possuem salas de cinema, teatro, museus e espaços culturais multiuso;
· O brasileiro lê em média 1,8 livros per capita/ano (contra 2,4 na Colômbia e 7 na França, por exemplo);
· 73% dos livros estão concentrados nas mãos de apenas 16% da população;
· O preço médio do livro de leitura corrente é de R$ 25,00, elevadíssimo quando se compara com a renda do brasileiro nas classes C/D/E;
· Dos cerca de 600 municípios brasileiros que nunca receberam uma biblioteca, 405 ficam no Nordeste, e apenas dois no Sudeste;
· 82% dos brasileiros não possuem computador em casa, destes, e 70% não tem qualquer acesso a internet (nem no trabalho, nem na escola);
· 56,7 % da população ocupada na área de cultura não têm carteira assinada ou trabalha por conta própria;
· A média brasileira de despesa mensal com cultura por família é de 4,4% do total de rendimentos, acima da educação (3,5%), não variando em razão da classe social, ocupando a 6ª posição dos gastos mensais da família brasileira.


maiores informações sobre o Programa Mais Cultura:
http://www.cultura.gov.br/site/2008/09/04/mais-cultura-para-o-brasil-e-o-povo-brasileiro-5/

Entrevista - Juca Ferreira participa do programa 'Bom Dia Ministro' e fala sobre as principais ações do MinC

fonte: notícias do Minc
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O ministro da Cultura, Juca Ferreira, participou na manhã desta quinta-feira, 4 de setembro, do programa Bom Dia Ministro, coordenado e produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República em parceria com a Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Juca Ferreira falou com 12 estados do país sobre os desafios e metas do Ministério da Cultura para os próximos anos.
Ferreira falou sobre a necessidade de ampliação dos recursos orçamentários para a Cultura e das políticas de acessibilidade do governo. O ministro apresentou números da pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que revelam a realidade de exclusão de grande parte dos brasileiros aos bens e serviços culturais.
“O estudo mostra que 87% da população nunca foi ao cinema, 92% nunca foi ao museu e 78% nunca foi a um espetáculo de dança. Isso é um escândalo, esses números caracterizam um verdadeiro apartheid no Brasil”, disse o ministro que apresentou o Programa Mais Cultura como principal estratégia do MinC para ampliar o acesso dos brasileiros à Cultura.
O ministro também falou sobre o Plano Nacional de Cultura, previsto na Constituição Federal, que garantirá por dez anos a articulação de políticas culturais em todo o país e, ainda, sobre o fortalecimento da Fundação Nacional de Artes (Funarte).
Programa Mais Cultura - Ao ser questionado sobre a iniciativa, o ministro disse que o programa pode ser solicitado tanto pelo governo local, como também por entidades não-governamentais. “O programa tem algumas prioridades, como por exemplo, alcançar as áreas onde os índices de violência e pobreza são altos e com baixos níveis de escolaridade e desenvolvimento humano. O programa vem basicamente para ampliar o acesso à Cultura. Nós priorizamos as populações com menor poder aquisitivo, que estão submetidas a situações degradantes de violência. Portanto, a solicitação deve estar dentro das condições sociais, porque é um programa de construção de igualdade e acessibilidade à Cultura”.
O ministro ressaltou, ainda, que boa parte dos recursos do programa serão disponibilizados em parceria com os governos estaduais. “O Mais Cultura já está mapeando as áreas em que vamos trabalhar. Pretendemos dar acesso ao livro, instalar algumas bibliotecas e centros culturais de multiuso nas áreas populares e aumentar o número de Pontos de Cultura em todo o país”, informou.
Orçamento Ministério da Cultura - O ministro da Cultura também destacou o aumento dos recursos desde 2003. “Nós melhoramos muito. Quando chegamos no MinC o orçamento era de R$ 300 milhões e agora passou para mais de R$ 1 bilhão. Crescemos mais de seis vezes, mas é pouco, muito pouco. Há uma necessidade de que essa responsabilidade do Estado brasileiro para com a cultura se manifeste de forma orçamentária. Somente a Lei Rouanet não é capaz de financiar o conjunto das manifestações culturais em todo o Brasil”. O ministro aproveitou a ocasião para mobilizar os artistas e a sociedade a se unir na busca de mais verbas para a cultura: “a responsabilidade de disponibilizar recursos para o acesso à cultura não é só tarefa do ministério, mas de todo o setor cultural”.
Lei Rouanet - Sobre as mudanças na Lei Federal de Incentivo à Cultura, o ministro adiantou uma das novidades que será o Programa Vale Cultura, o primeiro de financiamento de consumo cultural. “Ele é muito parecido com o Vale Refeição, ou seja, o trabalhador recebe um bônus que permite que ele compre livros, vá ao cinema com a família, para estimular o consumo cultural. Ele vai reforçar o acesso dessas pessoas aos meios culturais, só que ao invés de satisfazer o estômago, como o Vale Refeição, ele vai satisfazer o espírito”, explicou.
Funarte - Sobre o fortalecimento da Fundação Nacional de Artes, Juca Ferreira disse que é preciso reformular todas as políticas das artes. “Temos que investir no desenvolvimento de políticas para as linguagens artísticas e esse investimento terá de ser feito junto com o setor. Estou esperando só organizar a casa, que será em um prazo médio de dez dias, para então abrir um diálogo com toda a área cultural para discutirmos a Funarte que nós queremos.”
Ao final da entrevista, o ministro Juca Ferreira respondeu aos jornalistas sobre o preconceito cultural em cidades interioranas. “A discriminação é regional, é por classe social, as manifestações culturais ligadas às camadas mais pobres da população dificilmente conseguem patrocinadores pela Lei Rouanet. Nós temos no interior do Piauí, na Serra da Capivara, um trabalho realizado por uma organização-não governamental reconhecido no mundo inteiro, o Parque Nacional Serra da Capivara, mas ninguém quer colocar dinheiro público ali por ser no interior do Piauí. Nós precisamos que o MinC tenha acesso a recursos orçamentários que não passem pela ‘boa vontade do investidor privado’ para aplicar na Cultura como um todo.”

“Todo brasileiro é igual e tem direitos iguais. A Cultura é um direito, é uma necessidade de todo o brasileiro e o Estado tem obrigação de disponibilizar de maneira igualitária a todos”, finalizou a entrevista, o ministro da Cultura, Juca Ferreira.

Projeto vai restaurar 30 monumentos de São Paulo

fonte: ABER

São Paulo - Programa Adote uma Obra prevê a recuperação de 30 monumentos na capital paulista, até novembro; ainda há 26 peças à espera de patrocínio para restauro O Programa Adote uma Obra Artística, iniciativa da Prefeitura Municipal de São Paulo que prevê a recuperação de monumentos da cidade expostos em áreas públicas e que necessitem de restauro, ganhou força recentemente com o apoio do Grupo Votorantim, que adotou 30 obras, entre eles o Monumento às Bandeiras, no Ibirapuera, e quatro esculturas da Praça da Sé. Até agora, o programa, que existe desde 1994, só tinha restaurado cerca de 20 monumentos.
Além do restauro, os monumentos contarão com sinalização ressaltando sua importância histórica, manutenção periódica e segurança. Ações educativas serão realizadas para conscientizar a população sobre a importância da conservação dos espaços públicos do município. Ao promover o acesso da população a essas obras, o projeto está alinhado ao Programa de Democratização Cultural Votorantim, implementado desde 2006.
O programa da Secretaria de Cultura prevê a recuperação e manutenção, com o apoio da iniciativa privada, de esculturas distribuídas pela cidade que careçam de cuidados – após sofrerem pichações ou depredação, por exemplo. Segundo o secretário municipal de Cultura, Carlos Augusto Calil, “este projeto integra sociedade e Prefeitura em benefício da cidade. Trata-se de uma ação de promoção cultural e resignificação da relação das pessoas com os espaços públicos. É um convite à população para que, a partir de novembro, valorize e ajude a manter a paisagem urbana restaurada”.
Para a Votorantim esta é uma oportunidade de celebrar seus 90 anos de atuação, comemorados este ano, e ao mesmo tempo oferecer à cidade de São Paulo um projeto que valorize a sua história. “Ao longo de sua história, o Grupo Votorantim sempre caracterizou sua maneira de fazer negócios baseado em valores como solidez, ética, respeito, empreendedorismo e união. Focamos a construção de um futuro sustentável, mas nos orgulhamos do passado, da nossa história. É isso que nos faz acreditar na importância de investir na preservação de um patrimônio cultural da população”, comenta Carlos Ermírio de Moraes, presidente do Conselho de Administração da Votorantim Participações.
O projeto tem início em agosto e todas as 30 obras deverão estar restauradas até novembro. Durante esse período, os monumentos serão envolvidos por painéis contendo informações históricas sobre a obra, sobre o autor e sobre as ações de restauração. O trabalho de restauro será executado pela Companhia de Restauro, empresa especializada na revitalização de obras históricas. A supervisão dos trabalhos será feita pela arquiteta Valéria de Souza Valeri, coordenadora da Comissão Permanente de Análise de Assuntos Concernentes a Obras e Monumentos Artísticos em Espaços Públicos, subordinada ao Departamento do Patrimônio Histórico da Secretaria Municipal de Cultura.
“O Grupo Votorantim vai presentear São Paulo com a restauração desses 30 monumentos. Além da preservação do patrimônio, esta ação está alinhada ao compromisso de nosso Instituto de promover o acesso à cultura, viabilizando ações educativas que preservem nossa identidade cultural”, ressalta Carlos Ermírio de Moraes.
Entre os monumentos restaurados, estão obras de Victor Brecheret (além do Monumento às Bandeiras, a escultura Depois do Banho, no Largo do Arouche), Bruno Giorgi (estátua de Dante Alighieri e busto de Mário de Andrade), Júlio Guerra, Sergio Camargo e Amílcar de Castro, entre outros artistas. Todas as ações do projeto 30 Homenagens, desenvolvido pela agência Centoeseis, podem ser consultadas no site www.trintahomenagens.com.br.
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Os monumentos adotados pelo Grupo Votorantim
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1.Monumento às Bandeiras - Praça Armando Sales de Oliveira – Próx. ao Parque do IbirapueraAutor: Victor Brecheret
2.Abertura - Praça da SéAutor: Amilcar de Castro
3.Espaço Cósmico - Praça da SéAutor: Yutaka Toyota
4.Condor - Praça da SéAutor: Bruno Giorgi
5.Contado a Feria - Praça João MendesAutor: Ricardo Capicchia
6.Anchieta – Praça da SéAutor: Heitor Usai
7.Amor Materno - Largo do AroucheAutor: Charles Louis Eugène Virion
8.Depois do Banho - Largo do AroucheAutor: Victor Brecheret
9.A Menina e o Bezerro - Praça do AroucheAutor: Luiz Chirstophe
10.Índio Caçador – Av. Vieira de Carvalho – Próx. à Praça da RepúblicaAutor: João Batista Ferri
11.Mário de Andrade - Praça D. José Gaspar - ConsolaçãoAutor: Bruno Giorgi
12.Chopin - Praça D. José Gaspar - ConsolaçãoAutor desconhecido
13.Cervantes - Praça D. José Gaspar - ConsolaçãoAutor: Rafael Galvez
14.Dante - Praça D. José Gaspar - ConsolaçãoAutor: Bruno Giorgi
15.Sem título - Praça da SéAutor: Sérgio Camargo
16.Pedro Álvares Cabral - Av. Pedro Álvares Cabral s/n – Parque do IbirapueraAutor: Luiz Morrone
17.Homenagem ao Cafeeiro – Parque do Ibirapuera. Prox. Museu de Arte ContemporâneaAutor: Francisco Zeri
18.Fernando Pessoa – Avenida de Sagres com Av. IV Centenário – Próx. ao Parque do IbirapueraAutora: Maria Irene Villar
19.Fundadores de São Paulo - Rua Padre Manoel da Nóbrega – Prox. Assembléia LegislativaAutor: Luiz Morrone
20.Leão (réplica) – Parque do IbirapueraAutor: Prosper Leocourtier
21.Ubirajara - Largo Ubirajara – MoocaAutor: Francisco Leopoldo e Silva
22.O Índio e o Tamanduá - Praça Marechal Deodoro – Santa CecíliaAutor: Ricardo Cipicchia
23.Dom Gastão Liberal Pinto – Praça Gastão Liberal Pinto – Av. Brigadeiro Luís Antônio c/ Av. Santo AmaroAutor desconhecido
24.Caminho (Arcos da Paulista) – Praça Marechal Cordeiro Farias (esq. Av. Paulista c/ Av. Angélica)Autores: Lilian Amaral e Jorge Bassani
25.Apóstolo São Paulo – Av. Roque Petroni Júnior - MorumbiAutor: Júlio Guerra
26.Homenagem a Faria Lima - Av. Brig. Faria LimaAutor: Luiz Morrone
27.Cruz Patriarcal (Cruz de Lorena) - Praça Nossa Senhora do BrasilAutor desconhecido28.Mãe Preta - Largo do Paissandu – Bairro Santa IfigêniaAutor: Júlio Guerra
29.Guanabara - Vale do Anhangabaú – Ladeira Falcão FilhoAutor: João Batista Ferri
30.Francisco Miranda - Av. Paulista – Prox. Rua Bela CintraAutor: Lorenzo Gonzáles e Carmelo Tabacco

Iphan quer transformar bairro em patrimônio cultural

Fonte: Agência Brasil - Vinicius Konchinski
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SÃO PAULO, São Paulo - A diversidade do bairro do Bom Retiro, em São Paulo, deve virar patrimônio cultural do Brasil. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que vem estudando o reconhecimento da importância do local desde 2004, apresentou projeto, nessa quarta-feira (27), a lideranças das várias comunidades e etnias que vivem no bairro. Segundo Simone Toji, coordenadora da pesquisa do Iphan sobre o Bom Retiro, a idéia do instituto é registrar as ruas do local como um bem imaterial do país já no ano que vem. É nelas, explicou ela, que muitos imigrantes italianos, judeus, árabes, coreanos, bolivianos e paraguaios que ingressaram no país desde o final do século 19 ou que continuam chegando se relacionam, transformando assim a cultura do bairro em uma riqueza nacional.“Para muita gente, muita gente, o Bom Retiro é só um lugar de compras, mas ele é muito mais do que isso”, afirmou Flávia Brito do Nascimento, arquiteta e uma das pesquisadoras envolvidas no projeto. “No bairro, imigrantes do mundo inteiro se reuniram devido à proximidade com a estação do trem, e trouxeram consigo seus costumes.”Ela explicou que nas ruas do Bom Retiro realizam-se diversas feiras, manifestações culturais e religiosas que precisam ser preservadas. Existem também restaurantes, lojas e sedes de associações e grupos culturais que ajudam a definir a identidade multifacetada do bairro.Com o reconhecimento do Iphan, o governo federal se tornará co-responsável pela manutenção do local e de suas características. Além de apoio financeiro, algumas ações para a organização de projetos de preservação passarão a ser financiadas pela União.De acordo com Toji, o Iphan estuda também o tombamento histórico de seis edifícios do bairro: duas escolas, um antigo abrigo de imigrantes, duas igrejas e mais um teatro. Os prédios, segundo ela, também representam parte da diversidade do local e, por isso, devem ser incluídos no rol de lugares cujas características não podem ser modificadas.

Grafia deve ser padronizada em 8 países

Fonte: MEC - por Ana Guimarães

DISTRITO FEDERAL, Brasília - As normas estabelecidas pelo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa entrarão em vigor, no Brasil, no próximo ano. Para estabelecer as regras do período de transição para a nova grafia, previsto para durar três anos, será assinado um decreto. Os ministérios da Educação, da Cultura e das Relações Exteriores irão fixar orientações para que a sociedade se adapte às mudanças previstas pelo novo acordo. Está aberta uma consulta pública para que os interessados encaminhem dúvidas ou sugestões sobre o processo de transição da norma ortográfica atual para a nova. O contato com o Ministério da Educação pode ser feito até o dia 1º de setembro pelo endereço eletrônico acordoortografico@mec.gov.br. As sugestões encaminhadas ao MEC podem ser incorporadas ao decreto que regulamentará o período de transição.

O acordo é considerado um marco de unificação entre os países de língua portuguesa - Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Timor Leste, Brasil e Portugal.

Itaú Cultural divulga os selecionados no Programa Artes Visuais 2008/2009

do Canal Contemporâneo

Selecionados representam 11 estados e abrangem todas as regiões do Brasil; a edição deste ano bateu o recorde em relação às anteriores, com 1617 inscritos; para Paulo Sérgio Duarte, coordenador geral da equipe de curadores, predomina uma arte eminentemente urbana com raros diálogos com a natureza
O Itaú Cultural encerrou o processo de seleção dos trabalhos da quarta edição do Rumos Artes Visuais 2008/2009. Do total de 1617 inscritos, oriundos de todos os estados brasileiros, foram selecionados 45 artistas, ou coletivos, como previsto no edital lançado pela instituição em março. Eles representam 11 estados e cobrem todas as regiões do país. Segundo a curadoria, registra-se uma forte presença de trabalhos de alta qualidade em fotografia e também em vídeos – neste caso, quase sempre apresentados como uma instalação. Já a pintura, aparece como uma questão contemporânea em diversos artistas. No conjunto, a tendência é representar o Brasil urbano, muito mais do que rural.
“O que predomina é uma arte eminentemente urbana com raros diálogos com o meio rural ou, mais simplesmente, com a natureza”, observa Paulo Sérgio Duarte, coordenador geral da equipe de curadores que foi a campo pelo país e compôs a comissão de seleção. O Brasil rural, de acordo com ele, é eclipsado nestes projetos por outro, urbano, moderno, complexo e contraditório.
Na análise do curador-coordenador, o artista cidadão – aquele que habita a cidade – apresenta poéticas muito individualizadas que, mesmo quando dialoga com o entorno imediato, sempre procura evitar aproximações fáceis e diluídas. Segundo observa, mesmo a pintura aparece em diversos artistas como uma questão contemporânea. “A diversidade, o caráter plural da arte contemporânea, e seu caráter exploratório de novos territórios de produção de sentido, mais que apenas experimental, é o que me parece ser a tendência predominante: a cidade e não mais o ateliê parece ser o grande laboratório desses artistas.”
Recorde de inscrições e abrangência nacional
O número de projetos inscritos nesta edição – 1617 – bateu recorde em relação às anteriores. A primeira (1999/2000) recebeu 1.576 portfólios. Na edição seguinte (2001/2003), o programa recebeu 1.495 inscrições; e 1342 na terceira edição (2005/2006).
Dos 45 trabalhos selecionados neste ano, 26 respondem pela região sudeste (16 de São Paulo, sete do Rio de Janeiro e três de Minas Gerais); sete são do sul (três do Rio Grande do Sul, dois de Santa Catarina e dois do Paraná). Da região norte foram selecionados cinco trabalhos, todos do Pará. Do nordeste foram mais cinco: três de Pernambuco e dois do Ceará. Mais dois trabalhos (um do Distrito Federal, outro de Goiás) vieram do Centro-Oeste.
Os trabalhos contemplados serão exibidos integralmente em São Paulo e no Rio de Janeiro, em 2009 – e em mais quatro cidades (a definir), com diferentes recortes curatoriais para cada uma. Serão divulgados, ainda, em catálogo geral analítico, a ser publicado no final do processo, e no site do Itaú Cultural. A premiação inclui quatro bolsas-ateliê no Brasil e no exterior para artistas que se destacarem durante o programa, com valor a ser definido.
O programa
A proposta do Rumos Itaú Cultural Artes Visuais é garimpar o melhor da produção contemporânea em todo o Brasil. Com base na realidade de cada região, o programa tem o objetivo de mapear, diagnosticar e fomentar a produção visual, detectando suas direções e apresentando os resultados em exposições e em um catálogo geral analítico.
O Rumos deste ano reuniu a experiência acumulada nas edições anteriores, contando com uma comissão curatorial maior, sob a coordenação do curador carioca Paulo Sérgio Duarte. Quatro outros curadores foram responsáveis por regiões diferentes daquelas onde estão acostumados a atuar e contaram com o apoio de dois assistentes curatoriais locais, que ajudaram na pesquisa e na pré-seleção dos projetos. Alexandre Sequeira (PA) cuidou das regiões Sul e algumas cidades do Sudeste; Christine Mello (SP) foi para as regiões Norte e Nordeste; Marília Panitz (DF), foi responsável por parte do Nordeste e algumas cidades do Sudeste; e Paulo Reis (PR) seguiu para a região Centro-Oeste e parte do Sudeste.
Entre março e maio deste ano, a equipe curatorial fez, ainda, palestras e debates, com mediação do crítico e pesquisador Guy Amado em 19 cidades. O grupo discutiu com o público temas relacionados à arte contemporânea, como indústria cultural, consumo, globalização, mercado e produção, formação do artista, espaços de exibição, história da arte, entre outros.
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para conferir os selecionados:

Niemeyer oferece à América Latina a universidade de seus sonhos

do G1

Rio de Janeiro, 8 ago (EFE).- O arquiteto Oscar Niemeyer, ainda ativo mesmo com seus 100 anos, se inspirou na "universidade de seus sonhos" para realizar o projeto da futura Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila).
Considerado um "gênio das curvas de concreto armado" e precursor da arquitetura moderna, ele foi o criador dos palácios e edificações que fizeram com que Brasília recebesse, merecidamente, o status de Patrimônio da Humanidade.
Niemeyer entregou esta semana os projetos do campus da universidade que o Brasil planeja construir em sua tríplice fronteira com a Argentina e o Paraguai, para promover a integração educacional na América Latina.
O projeto arquitetônico com seis edificações em uma área de 40 hectares se inspirou, segundo reconhece o centenário arquiteto, na Universidade de Constantine (Argélia, 1969), uma de suas mais famosas obras mundiais, que inclui entre suas favoritas e que sempre considerou como a "universidade de seus sonhos".
"O desenho da Universidade Latino-Americana tem o mesmo espírito da Universidade de Constantine. Foi planejado pensando em aumentar o contato dos estudantes com o campus, com a instituição e com a academia", disse em declarações à Agência Efe Niemeyer.
"Quando nos encomendaram a Universidade de Constantine, viajei com vários especialistas e educadores à Argélia para estudar como podíamos construir uma universidade mais simples, mais lógica e que tivesse melhor relação com os alunos. Foi com base nesses estudos e em Constantine que projetamos a Unila", acrescentou o arquiteto.
A Unila é um projeto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para promover uma maior aproximação regional.
A iniciativa prevê a construção de um centro de educação superior para aproximadamente 10 mil estudantes, a metade composta por brasileiros e a outra de outros países latino-americanos, e que oferecerá cursos de graduação e pós-graduação nas áreas de ciências e humanidades, tanto em espanhol como em português.
O respectivo projeto de lei foi apresentado por Lula ao Congresso em dezembro passado, já foi aprovado por uma comissão da Câmara dos Deputados e conta com o respaldo de todos os partidos.
O projeto prevê a contratação de cerca de 500 professores com mestrado e doutorado, tanto brasileiros quanto de países vizinhos; terá ênfase em áreas que possam impulsionar a integração regional e, por ser pública, oferecerá educação gratuita.
A universidade será construída em um terreno já cedido por Itaipu, a maior hidroelétrica em operação no mundo e que é compartilhada com o Paraguai e a Argentina, em Foz do Iguaçu, fronteiriça com a cidade paraguaia de Ciudad del Este e com a argentina Puerto Iguazú.
"Trata-se de uma iniciativa muito importante, por oferecer educação a alunos de toda a América Latina e promover a integração", afirmou Niemeyer à Efe.
A animação do arquiteto com a iniciativa é tamanha que o levou a apresentar um projeto arquitetônico muito mais amplo que as duas edificações que inicialmente tinha se comprometido a desenhar, e que alojariam apenas a biblioteca e a reitoria.
O projeto apresentado é um plano arquitetônico integrado para todo o campus com seis edificações principais que contaram também com anfiteatro e restaurante.
As duas outras edificações propostas estão destinadas às salas de aula e aos laboratórios.
Niemeyer definiu sua proposta como seu "grande presente" não só ao Brasil, mas a toda a América Latina.
A construção do campus universitário ainda depende da aprovação do projeto pelo Ministério da Educação, e da autorização do Congresso.
Mas o presidente da Comissão de Implantação da universidade, Hélgio Trindade, acredita que a mesma possa começar a funcionar no segundo semestre do próximo ano.